Peemedebista de 25 anos deverá presidir CPI da Petrobras
de O Globo
O PMDB deverá oficializar na semana que vem o nome do deputado Hugo
Motta (PMDB-PB), de 25 anos, para a presidência da CPI da Petrobras e
entregar a relatoria da comissão a um petista, mesmo com resistências
entre parte dos peemedebistas. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA),
que foi derrotado na disputa pela liderança do partido e recusou a
presidência da CPI, afirma que irá trabalhar para que a relatoria não
fique com o PT.
— O PT está no olho do furacão, com o tesoureiro do partido acusado de receber dinheiro. O PMDB vai perder a oportunidade de sinalizar à população que efetivamente quer apurar, que está ouvindo a sociedade. Vai terminar passando a ideia que pode participar da pizza — defende Lúcio Vieira Lima.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), rebate defendendo ser questão de “bom senso” incluir o PT e aponta que a definição será feita a partir de discussões com os demais partidos na Câmara.
– É uma questão de bom senso. Temos um bloco com 218 deputados, existe um segundo com 160 deputados. Não vai se imaginar que eles vão ficar fora de tudo, não ter participação na Casa. Cada um deve ser responsável pelas opiniões que emite, mas acho uma grande tolice dizer que se o PT ficar com a relatoria vai dar em pizza. Esperamos que o relator seja alguém idôneo, que registre as informações de forma correta – afirma Picciani.
Depois de conversar sobre o tema com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PT, Sibá Machado, irá se reunir na segunda-feira com Leonardo Picciani. Segundo Sibá, os dois nomes colocados para relatar a CPI até o momento são os dos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Marco Maia (PT-RS), que relatou a CPI mista da Petrobras, finalizada no ano passado. Após ter ficado de fora da distribuição dos principais cargos na Câmara, o PT trabalha para ocupar o posto chave na CPI da Petrobras.
— Deus lhe ouça, que Jesus esteja ouvindo você agora e anotando. Estamos tentando avançar nessa negociação. Inicialmente conversamos com Eduardo Cunha, mas já marquei um papo com Picciani para segunda-feira — disse Sibá
Apesar das críticas, Sibá afirma que o fato de políticos do PT, alguns deles com mandatos parlamentares, terem sido citados como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras não deverá atrapalhar as investigações.
— Se é para fazer esse tipo de depuração, acabou, porque quase todos os partidos receberam dinheiros dessas empresas. Já que se criminalizou a participação de empresas, então é melhor acabar com as doações, mas isso não procede, não posso concordar com pré-condenações — disse o líder petista.
Há desconforto entre peemedebistas pelo fato das negociações sobre a CPI, inclusive com o PT, não estarem sendo debatidas internamente. Alguns parlamentares do partido acreditam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está articulando esse movimento para tentar uma retomada das relações com o PT “por interesses próprios”.
A bancada do PMDB irá se reunir na próxima terça-feira e deputados do partido pressionam para que haja uma definição clara a respeito do posicionamento sobre o governo. Deputados que apoiaram Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais, como Danilo Fortes (PMDB-CE), querem que o PMDB preserve a postura de “independência” em relação ao Palácio do Planalto.
Eduardo Cunha irá decidir, na próxima semana, todas as CPIs que serão instaladas e, a partir daí, os partidos terão o conjunto das comissões para negociar os cargos que pretendem ocupar. Cunha tem defendido que o PT, mesmo tendo saído derrotado na eleição para o comando da Câmara, tem direito a participar das comissões na Casa.
— O PT está no olho do furacão, com o tesoureiro do partido acusado de receber dinheiro. O PMDB vai perder a oportunidade de sinalizar à população que efetivamente quer apurar, que está ouvindo a sociedade. Vai terminar passando a ideia que pode participar da pizza — defende Lúcio Vieira Lima.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), rebate defendendo ser questão de “bom senso” incluir o PT e aponta que a definição será feita a partir de discussões com os demais partidos na Câmara.
– É uma questão de bom senso. Temos um bloco com 218 deputados, existe um segundo com 160 deputados. Não vai se imaginar que eles vão ficar fora de tudo, não ter participação na Casa. Cada um deve ser responsável pelas opiniões que emite, mas acho uma grande tolice dizer que se o PT ficar com a relatoria vai dar em pizza. Esperamos que o relator seja alguém idôneo, que registre as informações de forma correta – afirma Picciani.
Depois de conversar sobre o tema com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PT, Sibá Machado, irá se reunir na segunda-feira com Leonardo Picciani. Segundo Sibá, os dois nomes colocados para relatar a CPI até o momento são os dos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Marco Maia (PT-RS), que relatou a CPI mista da Petrobras, finalizada no ano passado. Após ter ficado de fora da distribuição dos principais cargos na Câmara, o PT trabalha para ocupar o posto chave na CPI da Petrobras.
— Deus lhe ouça, que Jesus esteja ouvindo você agora e anotando. Estamos tentando avançar nessa negociação. Inicialmente conversamos com Eduardo Cunha, mas já marquei um papo com Picciani para segunda-feira — disse Sibá
Apesar das críticas, Sibá afirma que o fato de políticos do PT, alguns deles com mandatos parlamentares, terem sido citados como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras não deverá atrapalhar as investigações.
— Se é para fazer esse tipo de depuração, acabou, porque quase todos os partidos receberam dinheiros dessas empresas. Já que se criminalizou a participação de empresas, então é melhor acabar com as doações, mas isso não procede, não posso concordar com pré-condenações — disse o líder petista.
Há desconforto entre peemedebistas pelo fato das negociações sobre a CPI, inclusive com o PT, não estarem sendo debatidas internamente. Alguns parlamentares do partido acreditam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está articulando esse movimento para tentar uma retomada das relações com o PT “por interesses próprios”.
A bancada do PMDB irá se reunir na próxima terça-feira e deputados do partido pressionam para que haja uma definição clara a respeito do posicionamento sobre o governo. Deputados que apoiaram Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais, como Danilo Fortes (PMDB-CE), querem que o PMDB preserve a postura de “independência” em relação ao Palácio do Planalto.
Eduardo Cunha irá decidir, na próxima semana, todas as CPIs que serão instaladas e, a partir daí, os partidos terão o conjunto das comissões para negociar os cargos que pretendem ocupar. Cunha tem defendido que o PT, mesmo tendo saído derrotado na eleição para o comando da Câmara, tem direito a participar das comissões na Casa.