Deputada pede criação de Organização de Procura de Órgãos em Caxias, Imperatriz e Presidente Dutra
Agência Assembleia
A deputada Valéria Macedo (PDT), através da Indicação n°789, solicita
ao governador, Flávio Dino (PCdoB), através do secretário de Estado da
Saúde, Marcos Pacheco e ao reitor da Universidade Federal do Maranhão,
Natalino Salgado, a viabilizar a criação de três unidades de Organização
de Procura de Órgãos (OPOs) nas regionais dos municípios de Imperatriz,
Caxias e Presidente Dutra.
Segundo a Indicação, as OPO’s são entidades constituídas por um ou
mais hospitais de sua área territorial, com atuação regionalizada, que
trabalha com detecção e demais procedimentos para viabilização do
potencial doador de órgãos e tecidos.
“Quando a família autoriza a doação, é a OPO quem informa a
viabilidade do doador as Centrais de Notificação, Captação e
Distribuição de Órgãos (CNCDO) que, por sua vez, é quem realiza a
distribuição dos órgãos, indicando a equipe transplantadora responsável
pela retirada e implante do mesmo”, disse Valéria Macedo.
Organização de Procura de Órgãos
A OPO tem como atribuição principal organizar a logística da procura
de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais localizados na sua área de
atuação que são definidos por critérios geográficos e populacionais sob
a gerência da Central de Transplantes e do Sistema Nacional de
Transplantes.
Tem também como outras atribuições criar rotinas para oferecer aos
familiares de pacientes falecidos, como morte encefálica, nos hospital
de sua área de abrangência, a possibilidade de doação de órgãos e
tecidos; promover a articulação com as equipes encarregadas da
verificação de morte encefálica visando assegurar que o processo seja
ágil e eficiente, dentro dos parâmetros éticos; capacitar
multiplicadores, em sua área geográfica, sobre o acolhimento familiar,
morte encefálica e manutenção de doadores nas UTIs e demais aspectos do
processo de doação/transplantes de órgãos e tecidos e, por último, tem o
objetivo de captar um número maior de doações além de humanizar o
processo de doação e transplantes.
DOADOR
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por
escrito em nenhum documento, basta comunicar sua família do desejo de
doação, pois o procedimento só acontece após a autorização familiar.
Entretanto, relativamente a doação de órgãos e tecidos tanto podem ser
doadores pessoas vivas ou falecidas, cujo órgãos doados vão para os
pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista
única definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de
cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
O Decreto-Lei nº 2.268/97 cria o Sistema Nacional de Transplantes
(SNT) e as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos
(CNCDOs) com implantação em todos os Estados do Brasil, descentralizando
o processo de doação e transplante. A atividade de captação de órgãos e
tecidos para transplantes foi repassada pelas CNCDOs para as
Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
As OPOs são implantadas levando-se em consideração a população de
cada região, o número de hospitais, o número de leitos de UTI e a
própria regionalização, visando suprir vazios assistenciais maiores
possibilitando traçar um novo panorama para a realização de transplantes
no Estado do Maranhão buscando aumentar o volume de órgãos
transplantados.
A Central de Transplante, no Maranhão, teve sua inauguração em
fevereiro do ano 2000, cujo setor de transplante encontra-se sob a
gestão da CNCDO/MA – vinculada à Secretaria de Saúde do Estado e com
funcionamento no Hospital Universitário da Universidade Federal do
Maranhão. Porém, a efetivação de uma parceria entre os governos nas
esferas estadual e federal se faz necessária para que possam ser criadas
mais 03 (três) unidades de OPO’s o que irá descentralizar e agilizar o
processo de doação de órgãos e tecidos no Maranhão, beneficiando, desta
forma, várias regiões do Estado.