domingo, 20 de novembro de 2016

Caixas do Banco do Brasil estão sem dinheiro e clientes dizem levar o caso ao conhecimento do Banco Central 

Hoje pela manhã somente tinha dinheiro no terminal do MC
Não é mais nenhuma novidade. Um caso que já se repetiu várias vezes na agência do Banco do Brasil em Caxias deixou mais uma vez enfurecidos os clientes da instituição financeira que pretendiam sacar dinheiro. 

O Blog foi chamado para registrar o caso. Em pouco tempo que o titular permaneceu no local percebeu que as inúmeras pessoas que procuraram os caixas eletrônicos na manhã deste domingo (20), se mostraram insatisfeitas com o fato de não conseguirem realizar saques. 

Um cliente já cansado de se deparar com essa situação rotineira da agencia do BB em Caxias disse que vai levar o caso ao conhecimento do Banco Central. 

Qualquer cidadão pode registrar, no Banco Central do Brasil (BCB), reclamações sobre os serviços oferecidos pelas instituições financeiras. Elas ajudam no processo de regulação e fiscalização do sistema financeiro. Denúncias podem ser feitas ao BCB, através do telefone 145, de segunda a sexta-feira das 8h às 20h..



Hoje na Historia, 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra 


O Dia Nacional da Consciência Negra homenageia e resgata as raízes do povo afro-brasileiro e é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro. Esta data foi restabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, porque coincide com o dia 20 de novembro de 1695, dia da morte de Zumbi dos Palmares, grande líder da resistência negra e da luta pela liberdade, autor da célebre frase: “Nascer negro é conseqüência, ser negro é consciência”.
Este dia é dedicado de modo especial à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a influência do povo africano na formação cultural do nosso país. Desde o Brasil colônia até a atualidade a influência dos negros africanos foram muitas, sobretudo nos aspectos religiosos, políticos, sociais e gastronômicos. Ao longo da nossa história, as crenças, as danças, o vocabulário, a culinária, o folclore e tantas outras coisas, foram sendo incorporadas à nossa cultura.
Buscando valorizar a cultura afro-brasileira, comemoramos essa data nas escolas, entidades, espaços culturais e em outros locais. Há ainda entidades como o Movimento Negro (MN) que organiza eventos educativos, palestras e atividades culturais visando principalmente às crianças negras. De diversas formas, procura-se trabalhar a auto-estima e o senso de valorização pessoal, evitando o desenvolvimento do auto preconceito, que faz com muitos se sintam inferiores perante a sociedade. Outros temas ganham evidência e são levados a debate, como a inserção do negro no mercado de trabalho, a questão das cotas universitárias, o preconceito racial e a questão da diferenciação salarial.
Mas qual é a situação dos negros no Brasil atualmente? Ainda é possível ver os reflexos da história de desigualdade e exploração da população negra. A maioria dos negros no Brasil pertence à classe média baixa. Eles sofrem com o racismo e com freqüência são vítimas de humilhações de várias formas na sociedade.
Segundo pesquisas do IBGE (ano 2000) os afrodescendentes têm menos acesso à Previdência Social e conseqüentemente menor esperança de sobrevida no país, vivem em média 15 anos menos que os brancos. Em todo o país, a expectativa de vida dos negros de ambos os sexos é de 67,03 anos.
As famílias brancas têm a renumeração com o salário médio de 5,25/h e as famílias de negros 2,43/h, ou seja, os brancos ganham mais que o dobro do salário da família negra. Hoje o programa Bolsa Família é um dos principais responsáveis pela redução nas desigualdades sociais, sendo que 24% das famílias chefiadas por afrodescendentes (7,3 milhões) estão cadastradas no programa do governo federal.
Temos no país uma lei que obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Nas últimas décadas tivemos muitos avanços na área da educação, com o declínio do analfabetismo e aumento da escolarização e da escolaridade média, mas há muito que ser feito para alcançar níveis melhores de qualidade, eficiência e rendimento do ensino compatível com as necessidades atuais e futuras para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania para a população jovem negra. No ensino fundamental, a escolaridade dos brancos é de 6,7 anos e dos negros é de 4,5 anos, ou seja, os negros saem da escola antes do tempo para ajudar a família na renda familiar. No ensino superior, nem as cotas raciais fizeram crescer de forma significativa o acesso de negros e pardos às universidades brasileiras.
Há ainda muito que se fazer para oferecer aos afro-brasileiros pleno acesso aos seus direitos humanos fundamentais, à liberdade de expressão e à igualdade racial. Para que ocorram significativas mudanças é necessário um esforço em conjunto das esferas federais, estaduais e municipais, assim como dos movimentos sociais e da sociedade civil como um todo.


A tragédia politica e moral do Rio de Janeiro 

por Ribamar Correa
O banditismo politico de Cabral Filho fere a biografia rica e honrada de Cabral
Sérgio Cabral, 54 anos, construiu uma carreira tão bem sucedida que chegou a ser tratado como um dos membros do PMDB com chance concreta de vir a ser candidato à presidente da República. 

Menino classe média de Copacabana – depois se mudou para Ipanema -, ascendeu como o nome mais brilhante da sua geração, alcançando três mandatos de deputado estadual, um de senador e dois de governador. As investigações mostraram agora que Cabral era um político bandido, que se deixou fascinar pelo dinheiro fácil, por jóias, mansões, helicóptero, restaurantes parisienses caros bancados por desvios por ele comandados em relações promíscuas com empresários da construção civil. A prisão e sua imagem com roupa de presidiário funcionaram ontem como uma guilhotina politica, encerrando sua vida política e tornando-o uma espécie de pária. 

O maior impacto desse desfecho certamente está sendo sofrido pelo seu pai, o vascaino de coração que lhe deu o nome, Sérgio Cabral, jornalista e vereador carioca por três mandatos, que honrou o jornalismo e a política. Sérgio Cabral começou como repórter policial, cobriu política e dirigiu jornal, deixando um legado rico e qualidade e decência profissionais. O seu legado mais luminoso foi ter sido um dos fundadores do Pasquim, ícone maior do jornalismo alternativo nos anos 60 e 70 e que foi a voz irreverente do Brasil que resistia à ditadura militar. Sérgio Cabral também foi preso, só que o motivo da prisão foi a sua decência política na luta inteligente contra a opressão. Outra fatia do seu legado foi como critico musical e pesquisador da MPB, especialmente o samba carioca. Nessa tarefa redescobriu o compositor Cartola, então vigia de carros no estacionamento de um prédio o centro do Rio. Com a descoberta de Sérgio Cabral, Cartola saiu do anonimato enriqueceu o cancioneiro popular e presenteou o Brasil com joias como “O mundo é um moinho”, “As rosas não falam”, “Sala de recepção”, “Tempos idos”, “Peito vazio”, “Cordas de aço” e muitas outras. E finalmente a fatia política do seu legado: três mandados de vereador no Rio de Janeiro, cumpridos sem uma mancha, o que lhe valeu uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado, que exerceu até se aposentar em 2007. Tudo isso além de uma vasta bibliografia sobre a MPB. Esse homem, reverenciado no jornalismo, na música e na política, caminha para o fim dos seus dias moralmente afetado pelo banditismo do filho.