sábado, 28 de janeiro de 2017

Eike Batista doou R$ 1,5 para campanhas de Roseana Sarney


Com a prisão determinada, o empresário Eike Batista (foto) figura como um grande doador de campanhas eleitorais. Entre os beneficiados a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que recebeu R$ 1,5 milhão para suas campanhas eleitorais.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eike destinou, em 2010, R$ 500 mil à campanha de Roseana ao governo do Maranhão.
Antes, no ano de 2006, o PFL (atual DEM) do Maranhão, que tinha à frente Roseana Sarney, obteve R$ 1 milhão.
A vinda de Eike Batista ao Maranhão foi patrocinada por Roseana em março de 2009, após o golpe judicial que tirou Jackson Lago do poder. Eike e Roseana Sarney venderam a promessa de um falso “eldorado”, que surgiria da exploração de gás e petróleo em municípios paupérrimos do estado, como Capinzal do Norte, Trizidela do Vale e Santo Antônio dos Lopes, entre outros.
Festejado pelos Sarneys que as empresas de Eike (OGX E EBEX) haviam descoberto a ‘meia Bolívia’ de gás natural no interior do Maranhão, o empresário foi incensado e promovido a semideus por Sarney, sua filha e integrantes do seu grupo, mas logo viu seu império cair. Ficou a miséria dos maranhenses enganados por Eike e o clã Sarney, como bem observou o jornalista Oswaldo Viviani no JP.
Em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano passado, o empresário afirmou que foi educado “com o conceito de comunidade”, fazendo doações “voluntárias” a diferentes partidos e candidatos.
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Dificuldades a vista... 


O governador Flávio Dino certamente enfrentará dificuldades para definir dois candidatos a senador na montagem da sua chapa. 

No seu campo estão em clima de pré-campanha os pedetistas Weverton Rocha e Humberto Coutinho, o socialista José Reinaldo e o pepista Waldir Maranhão. Todos lhe são estreitamente ligados, integram a linha de frente da base política do seu Governo e – com exceção de Humberto Coutinho, que enfrenta problemas de saúde -, não parecem dispostos a abrir mão dos seus projetos senatoriais.

E nesse contexto entraria também Eliziane Gama, que se entrar para valer e não for acomodada na barca governista, poderá fazer uma campanha paralela com um discurso nada simpático ao Governo – caso também de Hilton Gonçalo, e até mesmo de José Reinaldo, se vier a ser preterido em favor de Waldir Maranhão. A se manterem esses cinco pré-candidaturas, e tudo indica que elas serão mantidas, o governador Flávio Dino se verá numa tremenda encrenca doméstica, tendo de usar toda sua habilidade para encontrar uma saída sem maiores traumas.