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domingo, 3 de maio de 2020
Corpo de mulher é encontrado com perfurações de arma branca no bairro Bela Vista
(foto Diário de Caxias) |
Uma mulher foi encontrada morta na manhã deste domingo (03) dentro de um matagal nas proximidades da U.I.M. João Viana no bairro Bela Vista. Ela foi atingida por vários golpes de arma branca.
O corpo da mulher, que estava sem a parte inferior da roupa, foi encontrado por populares que imediatamente acionaram a policia. O crime de feminicidio pode ter sido praticado na madrugada de hoje.
Até o fechamento desta matéria a identidade da mulher não havia sido divulgada.
Maranhão aproxima-se de 1 mil curados da Covid-19
Dados do novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que o Maranhão aproxima-se de contabilizar 1 mil curados do novo coronavírus.
Veja aqui o documento completo.
Segundo a publicação, até ontem sábado (2) já foram registrados 927 recuperados após infecção pelo novo coronavírus.
A SES informa, ainda, 13 novos óbitos em todo o estado, sendo três apenas em Imperatriz.
A ocupação de leitos de UTI já voltou a passar dos 90% na capital.
Caxiense conta como vive o isolamento domiciliar na Itália
Nádia Santos conta como tem sido a vida em distanciamento social no pais que já foi epicentro da tragédia
Com quase 200 mil contágios, 101.551 casos positivos, 75.945 curados e 27.967 mortos*, a Itália que já foi o epicentro da pandemia do novo coronavírus, luta diariamente contra o inimigo invisível que mudou completamente o hábito de 60,6 milhões de pessoas que vivem no país. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística Italiano (ISTAT), os estrangeiros representam 8,5% da população total na Itália, sendo 50,6 mil brasileiros residentes e, entre os quais, 35,2 mil são mulheres.
A Itália entrou em quarentena há quase dois meses. No dia 09 de março, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte decretou o isolamento total, que incluiu a suspensão de aulas e de serviços não essenciais, o cancelamento de eventos e até mesmo a limitação de transportes de mercadorias. A Defesa Civil italiana confirmou que o confinamento será prorrogado até o dia 3 de maio, mas algumas atividades comerciais como papelarias, livrarias e lojas de roupas infantis já foram reabertas. Os italianos não podem sair de suas cidades de residência sem motivo válido, ou seja, é permitido sair de casa apenas para serviços essenciais e um membro por família, além de ser obrigatório ter em mãos o formulário oficial do governo denominado “auto-certificado” preenchido e assinado. As escolas de todos os níveis seguem ativas com aulas online e os bancos funcionam em turnos diferenciados.
O término da quarentena na Itália estava previsto, inicialmente, para o dia 13 de abril. Mas no domingo (26), Conte anunciou que, a partir do dia 04 de maio, o país entrará na fase dois do combate ao novo coronavírus. Nessa fase há uma espécie de convivência com a doença onde a população deverá manter as precauções e com isso seguir “mantendo a distância de segurança” de pelo menos um metro. Os aeroportos continuarão fechados e ainda não sem previsão de reabertura. A empresa aérea Alitalia tem previsão de voltar à normalidade parcial a partir de 1º de junho. Parques públicos serão reabertos e cerimônias funerárias permitidas com a presença de, no máximo, 15 pessoas, respeitando as regras de distância e todos de máscaras. Já os museus, as exposições e as bibliotecas serão reabertos a partir do dia 18 de maio, bem como o comércio varejista. A partir de 1º de junho, restaurantes, bares, clínicas de estética e cabeleireiros poderão retomar suas atividades.
Mesmo diante de um cenário delicado e da perspectiva de que mesmo a normalidade seja outra quando o pior passar, emergem do caos histórias de ressignificação, adaptação, força e coragem.
Nádia mora numa região onde estão registrados os maiores índices de infecção – Lombardia e Emilia-Romagna. 376.943 testes - 36.211 casos positivos - 13.772 mortos - 25.749 curados.
Nádia Santos: “Há um massacre de idosos”
Maranhense, nascida em Caxias, Nádia Santos é formada em Ciências Jurídicas, mora na cidade de Brescia, no norte da Itália, há mais de 30 anos, onde presta assessoria jurídica e atua no Conselho Cidadão dos Direitos Humanos que auxilia mulheres vítimas de violência doméstica na região. Ativista do Movimento Negro e dos direitos das mulheres é também mediadora intercultural em vários hospitais da cidade. “Desde que deixei o meu Maranhão e me mudei para a Itália sempre tive bem claro que eu queria era formar uma família, trabalhar e ajudar as pessoas com o meu saber jurídico. Fui conquistando tudo aos poucos com muita batalha”, conta a mãe de três filhos: Filipe, 26 anos, Iara, 19 anos e Michele, 15.
Em tempos de quarentena, Nádia se viu obrigada a mudar radicalmente seus hábitos laborais. Trocou os fóruns por conferências online, passou a atender seus clientes via aplicativos de vídeo e por telefone. Conta que o home-office por vezes é estressante porque é preciso ter disciplina e foco para atender clientes, filhos, namorado, animais de estimação. “O confinamento não é fácil para ninguém. Lidar com a pandemia e seus demônios e incertezas é uma tarefa hercúlea”, conta a maranhense que aprendeu a ficar em silêncio consigo mesma e a meditar para manter o equilíbrio. “Passei a praticar Yoga e Tai Chi Chuan – ensinamentos milenares de controle e relaxamento. Também passei a ler mais, ouvir mais música e assistir mais filmes”.
Nádia, que vive na cidade que já foi o epicentro do coronavírus na Itália, relata que as medidas de prevenção como o isolamento social, uso de máscara e luvas são obrigatórios e que os cidadãos seguem rigorosamente a lei, até porque as multas para os infratores são bem salgadas – de 200 a 3.000 euros. “A decisão do governo italiano de colocar a população em quarentena aconteceu tarde demais e hoje os reflexos estão aí para o mundo inteiro ver e aprender. O sistema hospitalar está saturado, faltam leitos, faltam respiradores e o resultado são milhares de mortos e uma tristeza sem fim. Há um massacre de idosos e também uma situação dramática para os profissionais da saúde. Já perdemos mais de 80 médicos e temos 10 mil operadores da saúde contaminados”, lamenta.
De acordo com um estudo publicado pelo Giornale di Brescia, na província lombarda a cifra de infectados seria 20 vezes maior que a oficial, cerca de 15% da população. E o mesmo com o número de mortes. A falta de testes – em vivos e mortos – torna impossível efetuar uma contagem confiável.
texto: Jornalista Gisele Figueiredo (do site Sul21)
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