Câmara de Vereadores de Caxias promove palestra alusiva à Campanha Setembro Amarelo
Como tem feito nos últimos anos, a Câmara Municipal de Caxias (CMC) proporcionou à comunidade, na manhã desta segunda-feira (26), no plenário da casa legislativa, uma excelente palestra dentro do contexto da Campanha Setembro Amarelo, iniciativa que tem como protagonista a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, abordando com parceiros no Brasil inteiro a problemática do suicídio no país.
Atendendo a convite do presidente da CMC, vereador Teódulo Damasceno de Aragão (PP), a psicóloga Drª Zaira Mesquita Araújo, que também é professora universitária em Parnaíba (PI) e Teresina(PI) e já lecionou em Caxias (Unifacema), foi a palestrante da manhã e debateu com a concorrida plateia que esteve no plenário da casa.
A psicóloga abordou sua palestra tomando por base a expressão “Decido Viver!”, através da qual, utilizando do concurso de perguntas e respostas com os participantes, ressaltou a importância da solidariedade e do amor, tanto no ambiente familiar quanto no meio social e até mesmo nas redes sociais, para que sejam superadas situações de depressão que possam levar uma pessoa a atentar contra a própria vida.
A palestrante surpreendeu a plateia ao afirmar que a cada 40 minutos do dia uma pessoa tira a própria vida no Brasil. Deixou claro também que nada é mais importante para a pessoa do que a sua saúde mental, e que há sempre a necessidade de familiares e amigos estarem atentos ao menor sinal de que ela se mostra depressiva. Em razão de uma maior aproximação entre familiares, paradoxalmente, os números de suicídios decresceram quando a pandemia esteve mais acentuada no país.
Segundo ela, a melhor iniciativa para evitar o pior é orientar e insistir que o deprimido, ou deprimida, procure rapidamente a orientação de um profissional especializado da área médica para tratamento.
Zaira Mesquita assegurou que hoje a medicina, os medicamentos, evoluíram muito em relação à depressão, e informou que, às vezes, com tratamento adequado, no espaço de uma semana o deprimido já começa a sentir uma melhora substancial no seu quadro de saúde.
Na concepção da psicóloga, o caráter hereditário também pode favorecer ao aparecimento da doença, mas fatores externos, a exemplo de vivenciar o suicídio de uma pessoa da família, pode despertar a depressão no seio dessa própria família.
Comportamentos estranhos, como dificuldade em conciliar o sono, acordar repetidamente no meio da noite, se alimentar de modo inabitual ou dormir por períodos muito longos, também são indicativos da presença da doença. Os cyberbullyings, ou seja, a prática de bullying por meio de ambientes virtuais, como redes sociais e aplicativos de mensagem, que consiste em perseguição, humilhação, intimidação, agressão e difamação sistemática, são hoje as mais notórias agressões externas a uma pessoa que podem concorrer para o suicídio.
No evento, além da concorrida plateia que compareceu, também participaram o presidente Teódulo Aragão e as vereadoras Ângela Machado (PTC) e Gardênia Evangelista (PV), que elogiaram a clareza da exposição, em se tratando de problema tão sério que persiste na sociedade atual.(Ascom/CMC)