domingo, 7 de abril de 2024

Maranhão é um dos 7 estados com tendência de aumento da incidência de dengue 

O cenário epidemiológico da dengue foi atualizado esta semana pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde. Segundo análise apresentada, vinte estados brasileiros apresentam tendência de estabilidade ou queda na incidência da doença. Das 27 unidades da federação, sete registram indicativo de aumento do número de casos da doença, dentre elas o Maranhão.

Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins sinalizam estabilidade. Outros sete estados apresentam tendência de queda: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima, além do Distrito Federal. As unidades federativas com tendência de aumento são Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. 

Os dados atualizados da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, o Maranhão já registrou 6.252 casos provados de dengue este ano, com coeficiente de incidência de 92,3 por 100 mil habitantes.

Óbitos

Até o momento, o estado contabiliza 4 mortes em decorrência da doença. A taxa de letalidade em casos prováveis é de 0,06 e em casos graves é de 4,55.

Quanto a incidência por sexo, a prevalência é verificada entre as mulheres, que registram 53,9% do total de casos prováveis, enquanto os homens representam 46,1% de todas as infecções por dengue no estado.

Em relação à raça, as pessoas de cor parda são, disparadas, as mais infectadas, representando 80,2% de todos os casos prováveis. Na sequência, vêm brancos (11,7%), pretos (5,7%), amarelos (2,1%) e indígenas (0,4%). A faixa etária mais acometida pela dengue no Maranhão é a dos 20 a 29 anos, com 1.261 casos, 531no sexo masculino e 730 no sexo feminino. Depois, vem a faixa etária dos 30 a 39 anos, com 831 casos, com 1.081 caos, 427 entre homens e 591 entre mulheres.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, embora o cenário sinalize arrefecimento da doença na maior parte do país, é necessário ainda cautela antes de determinar que o pico dos casos de dengue no país já passou. “Este é um momento que ainda requer atenção. E precisamos que as pessoas continuem dedicando 10 minutos contra a dengue buscando possíveis focos do mosquito. Também temos a necessidade de que, naqueles municípios onde as vacinas estão disponíveis, que os responsáveis levem as crianças para se proteger”, disse. 

Vacinas

O diretor do Departamento do Programa de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, destacou que a terceira remessa de vacinas já está sendo utilizada para repor as doses remanejadas entre os municípios. A iniciativa busca otimizar a aplicação.

“Nosso objetivo é garantir a vacinação dos municípios que consumiram todas as doses. Além disso, com a ampliação da imunização, também conseguimos incluir mais Regiões de Saúde na aplicação”. 

Sindicato dos Bancários vê com preocupação anuncio de fechamento de agências 

O encerramento das agências bancárias do Banco Bradesco no Maranhão dominou as discussões da reunião entre o deputado estadual Carlos Lula (PSB) e representantes do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), na ultima sexta-feira (5). De acordo com o sindicato, já foram fechados postos de atendimento em 16 cidades, e a redução também afetará o número de agências bancárias em todo o estado.

O SEEB-MA divulgou o projeto de reestruturação proposto para o Bradesco, com previsão de implementação em todo o estado. Segundo o plano, várias unidades de atendimento serão encerradas e algumas agências bancárias serão remodeladas como Unidades de Negócios, sem a presença de caixas ou vigilância armada.

Para o presidente do SEEB-MA, Dielson Rodrigues, a política de reestruturação precariza o atendimento da população. “Hoje, nós viemos aqui pedir o apoio do deputado Carlos Lula para evitar que isso aconteça. Até porque o Bradesco, quando comprou o Banco do Estado, se comprometeu em manter essas estruturas ativas nessas cidades. De 217 postos do Bradesco, hoje só tem 201 e, agora, já estão querendo fechar mais unidades. Sabemos que o atendimento bancário nas cidades é precário pela falta de trabalhadores e fechando essas agências vão ficar ainda pior”, explicou.

O Bradesco surpreendeu ao anunciar o encerramento das atividades em três cidades do Maranhão: Matões do Norte, Cantanhede e Pirapemas. A notícia traz preocupações para os trabalhadores e clientes da região. O deputado Carlos Lula expressou sua inquietação diante dos possíveis prejuízos que essa medida pode acarretar para a comunidade local.

“A gente vê com preocupação o fechamento das agências do Bradesco no estado. Sabemos que não podemos impedir a livre iniciativa, nem o modelo de negócios dos bancos. Mas nos preocupamos muito, pois o Bradesco atua em mais de 200 cidades do Maranhão e o fechamento de agências nesse momento leva, também, a um problema de iniquidade social. As pessoas irão perder o acesso ao banco, irão ter que se deslocar a outras cidades. Por isso, estaremos pautando esse assunto na Assembleia Legislativa do Maranhão”, garantiu Carlos Lula.