Greve das universidades e institutos federais completa dois meses
Neste sábado (15), a greve geral das universidades e institutos federais no Brasil completa dois meses.
Depois de uma reunião com o Governo Federal, através do MEC (Ministério da Educação), os professores de universidades e institutos federais decidiram pela continuidade do movimento grevista. Apesar de alguns avanços nas negociações, os professores permanecem insatisfeitos com as propostas apresentadas.
O Ministério da Educação se comprometeu a revogar a Portaria 983, de novembro de 2020 – que eleva a carga horária mínima semanal dos docentes -, desde que os professores das universidades e institutos federais aceitem encerrar a greve.
No entanto, o Governo Federal segue sem apresentar uma proposta de reajuste salarial para 2024. O sindicato reivindica aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
O Governo Lula afirma que considera a negociação salarial encerrada pelo acordo assinado no final de maio com a Proifes, uma das entidades representativa dos docentes. Por isso, não negocia aumentar o reajuste proposto, nem a reposição da inflação em 2024, uma das demandas do Andes, outra representação sindical da categoria.
Agora, a proposta do Governo Federal, sem reajuste para esse ano, será analisada em assembleias nas universidades para que os professores decidam pelo fim ou continuidade da greve.