MA e mais seis estados têm mais de 50% dos trabalhadores na informalidade
O Maranhão está entre os sete estados do Brasil onde mais da metade dos trabalhadores ainda atua na informalidade, apesar do recorde nacional de vagas formais e do menor nível de desemprego da história em 2024. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de trabalhadores sem carteira assinada permanece acima de 50% no estado, assim como no Pará, Piauí, Ceará, Amazonas, Bahia e Paraíba. Esse cenário se mantém desde o início da atual série histórica do instituto.
Os números, extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trimestral do IBGE, foram analisados pelo pesquisador Rodolpho Tobler, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), a pedido do jornal O Globo.
Especialistas apontam que a persistência da informalidade está ligada a fatores como a baixa remuneração em empregos formais, especialmente para funções de menor qualificação. Além disso, o desejo por maior flexibilidade de horários e a dificuldade de deslocamento para locais de trabalho distantes, particularmente para quem vive em áreas periféricas, também contribuem para esse quadro.
Outro fator relevante é a redução da diferença salarial entre trabalhadores com e sem carteira assinada. Em 2015, um empregado formal ganhava, em média, 73% a mais do que um trabalhador informal. No final de 2024, essa diferença caiu para cerca de 31%, tornando o trabalho sem registro uma opção economicamente viável para muitos.