Após três anos da execução do jornalista Décio Sá maioria dos acusados ainda aguardam julgamento
Após três anos do crime, 9 dos 11 acusados de participarem da trama
armada para assassinar o jornalista e blogueiro Décio Sá ainda não foram
julgados pela Justiça. Ele foi morto em 23 de abril de 2012, com três
tiros de pistola ponto 40 em um bar na Avenida Litorânea enquanto
esperava amigos para jantar.
Dos 11 acusados de participação no crime, apenas o executor Jhonatan
de Sousa Silva e Marcos Bruno da Silva Oliveira, que deu fuga ao
assassino na noite do homicídio, já foram julgados e condenados pela
Justiça. Os demais, dos quais um está foragido, aguardam julgamento de
recurso contra a decisão de irem a júri popular.
Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva de Oliveira foram
condenados em um júri popular que durou dois dias, em fevereiro do ano
passado. O julgamento ocorreu no auditório do Tribunal do Júri de São
Luís no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau.
Jhonathan Silva foi condenado a 25 anos e 3 meses de prisão. Marcos
Bruno Silva de Oliveira, a 18 anos e 3 meses de reclusão. A defesa dos
acusados ingressou com recurso de apelação da decisão do júri, no
Tribunal de Justiça do Maranhão, e aguarda decisão da segunda instância.
O julgamento de Jhonathan Silva e Marcos de Oliveira foi presidido
pelo juiz Osmar Gomes dos Santos. Atuaram na acusação o promotor de
Justiça Rodolfo Soares dos Reis, auxiliado pelos promotores Haroldo
Paiva de Brito e Benedito de Jesus Nascimento Neto. A defesa ficou com
os advogados Pedro Jarbas da Silva e José Berilo. Jhonathan de Sousa
Silva (executor) permanece preso no presídio federal de Campo Grande
(MS), de onde veio para o julgamento na capital maranhense em fevereiro
de 2014. Marcos Bruno Silva de Oliveira (piloto da moto que conduziu o
executor) está preso em São Luís.
Sem data para julgamento Os demais acusados de participação no
crime ainda não têm data de julgamento. Isso porque recorreram da
pronúncia, mas o juiz Osmar Gomes manteve a decisão, seguindo as
contrarrazões do Ministério Público Estadual (MP) e remeteu o traslado
dos recursos e do inquérito ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ).
Os recursos apresentados na Justiça de 2º grau (TJ) estão sob a
relatoria do desembargador José Luiz Oliveira de Almeida. Dos acusados
que ainda aguardam julgamento, três já estão na prisão: José de Alencar
Miranda Carvalho, Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José Raimundo Sales
Chaves Júnior, o Júnior Bolinha.