Prefeito de Codó demite jornalista após criticas ao ex-prefeito Zito Rolim
O jornalista Leandro Sá (foto) foi demitido da função de apresentador da TV Codó [emissora da prefeitura, canal 13] e exonerado do cargo de assessor de imprensa do executivo municipal, nesta quarta-feira (11).
O comunicador explicou que tudo aconteceu por conta de uma critica em seu blog (www.blogdodesa.com.br) direcionada ao ex-prefeito Zito Rolim – aliado do atual gestor Francisco Nabib (PDT).
“Existem denúncias contundentes contra o ex-gestor Zito referente a atos suspeitos praticados enquanto esteve no comando do município, foi isso que publiquei em meu blog, o que acabou resultando na minha demissão porque o ex-prefeito é aliado o Nagib”, detalhou ao Sá em conversa com o blog do Domingos Costa.
O agora ex-apresentador do Jornal dos Coais – exibido ao meio dia – que exercia o cargo de assessor de comunicação no horário de 14h as 18h, também falou sobre o caso por meio de seu perfil no Facebook, em um desabafo intitulado “ME DESPEÇO DO TRABALHO”.
“Infelizmente minha forma de pensar e de trabalhar não agrada aqueles que não suportam os homens sérios da imprensa de Codó, sou sério e não sou venal e muito menos faço chantagem com quem quer que seja, longe de mim isso. Meus princípios morais nunca permitiram isso e não vão permitir enquanto vida eu tiver, comprem o que quiserem, comprem quem quiserem, mas não comprem a dignidade e a decência daqueles que de fato tem personalidade. Fiquem todos com a paz do nosso senhor Jesus Cristo.”, escreveu o ex-ancora da TV Codó.
Comandante prefeito lidera a ditadura codoense contra a imprensa |
Fica minha solidariedade ao colega que mantenho contatos há anos na Região dos Coais, e o repúdio ao prefeito Francisco Nagib pela sua forma perseguidora que, lamentavelmente, nos faz lembrar os tempos turvos da Ditadura, onde a imprensa era tratada de igual modo como hoje pode ser testemunhada em Codó.
Como bem analisou o também jornalista codoense Acélio Trindade, além de precipitada a exoneração do jornalista é reflexo da atual gestão: não tolera opiniões contrárias e, pior ainda, é proibido pensar dentro do governo, a não ser que seja em silêncio.
Uma administração onde os servidores, sobretudo os contratados, andam sobressaltados (rir, conversar abertamente, brincar, fazer anedotas ficou restrito apenas à um seleto grupo do primeiro escalão).
por Domingos Costa