Exclusivo: Cesar Sabá fala de sua pré-candidatura a deputado federal
O
empresário e radialista César Sabá, caxiense, 47 anos de idade, casado,
recebeu, ontem, o blog em sua residência para uma entrevista, quando falou o
motivo do seu ingresso na política e destacou suas metas de atuação.
Quais motivos o levaram
a ingressar na vida pública?
Há
mais de 35 anos acompanho a política do meu estado e da minha cidade e percebo
o quanto nós retrocedemos. Pra se ter uma ideia, em 1980, Caxias tinha dois
deputados federais, Edson Vidigal e Antônio Bayma, além do governador João Castelo,
o senador Alexandre Costa e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado João
Afonso Barata. Hoje, 38 anos depois, e com a partida recente do saudoso
deputado Humberto Coutinho, ficamos completamente órfãos. Não temos o
governador, nenhum senador, deputado federal ou estadual caxiense. Chegamos ao
fundo do poço em relação à representatividade política. A terceira mais
importante cidade do estado não possuí nenhum representante em qualquer esfera
de poder.
Por que a
pré-candidatura a Câmara Federal?
O
que mais falta para Caxias e região, hoje, é um deputado federal que viva aqui,
que sinta os problemas e tenha o interesse real em buscar soluções. E olha que
são várias as demandas.
Quais seriam as mais
urgentes?
A
instalação da segunda agência da Caixa Econômica em Caxias; a duplicação
completa da BR-316, no trecho Caxias – Teresina; a suspensão imediata da
proibição da extração de areia no rio Itapecuru, entre outras.
Fale um pouco mais
sobre a instalação da segunda agência da Caixa Econômica...
É
uma necessidade urgente. A Caixa tem pelo menos duas vezes mais clientes do quê
o Banco do Brasil em Caxias, que tem duas agências. Além disso, ela concentra
praticamente o pagamento de todos os benefícios sociais do governo federal
(Bolsa Família, por exemplo). Sua única agência fica superlotada todos os dias.
E sobre o retorno da
extração de areia no rio Itapecuru, por que você defende?
Você
passa pelo rio Parnaíba, em Teresina, e lá existem dezenas de dragas extraindo
areia, você passa pelo rio Tocantins, em Imperatriz e lá também a cena se
repete. Eu tive recentemente a oportunidade de conversar com um geólogo sobre o
tema, e ele foi categórico: desde que não seja próximo das margens, quanto
maior a retirada de areia do leito de um rio, melhor é, pois favorece o fluxo
da água e a navegação. Diante dessa realidade, o DNPM (Departamento Nacional de
Produção Mineral) tem que explicar o motivo dessa proibição, que tem
prejudicado muito a economia de Caxias nos últimos anos. Imagine quanto tivemos
que pagar, até hoje, pela areia comprada em Teresina!
César, o deputado
federal tem uma atuação ampla, o quê o eleitor da região pode esperar de você
em relação à saúde, por exemplo?
Muita
coisa! Senão, vejamos: Caxias recebe mensalmente 7 milhões de reais para a
saúde e não se está gastando nem 1,5 milhão. Para onde está indo o restante
(5,5 milhões)? Esse tipo de coisa tem que acabar. Vamos lutar incansavelmente
para substituir a municipalização pela individualização da saúde. A maior
lástima que aconteceu com a saúde pública do Brasil foi a municipalização, que
deixou o povo sem saúde, mesmo os municípios recebendo milhões, como é o nosso
caso. Com a individualização da saúde, tudo muda, pois com ela, o cidadão vai
escolher onde ele quer ser atendido, se na rede pública ou na particular, sem a
interferência do município, utilizando o seu cartão SUS em qualquer hospital,
clínica ou laboratório conveniado. Se essa medida já existisse, aqui em nossa
cidade, por exemplo, o paciente poderia ser atendido diretamente no Hospital
Centro Médico, na Clinison Diagnósticos ou na Fundação Humberto Coutinho sem
necessitar de qualquer tipo de autorização do município, bastando levar o seu
cartão SUS, como se fosse um plano de saúde. Em pouco tempo iríamos acabar com
as filas para consultas, exames, cirurgias, e o que é melhor, por fim a
roubalheira na saúde.
E na educação, o que
podemos esperar?
Uma
educação pública cada vez mais forte. No Brasil, muitos falam em defesa da
educação, mas poucos fazem alguma coisa por ela. Dentre as nossas propostas,
destaco a federalização do salário do professor, que vai garantir o pagamento
de um salário nacional a todos os professores do ensino básico da rede pública,
respeitando os diferentes níveis. Esse pagamento sendo feito diretamente pelo
governo federal aos professores, além de elevar a substancialmente seus
salários, evitaria anomalias como a que ocorreu recentemente em Caxias, quando
o prefeito se negou a pagar o abono para a maioria da categoria e com um valor
abaixo do que deveria ser pago. Não explicando o destino da maior parte desse
recurso.
Falando em abono, é
válido lembrar que o prefeito não queria paga-lo e você foi o único
pré-candidato a deputado federal de Caxias que se manifestou favorável a
categoria dos professores e contra a atitude do prefeito. Como você avalia isso?
Olha,
eu sou o único pré-candidato que condena o caos na saúde de Caxias, na limpeza
pública, no atraso do pagamento de fornecedores e contratados. Enfim, sou o
único que faz oposição ao modelo que aí está. Sabe por quê? Porque para mim
política é coisa séria. Enquanto eu defendo os interesses da minha cidade e
região, os outros, ou estão dentro da prefeitura, ou estão correndo atrás do
prefeito e se humilhando para tirar uma foto ou gravar um vídeo com ele. Isso é
algo deplorável. Como eu aposto na inteligência do nosso eleitorado, acredito
que o povo saberá escolher um candidato verdadeiramente comprometido com os
interesses de Caxias e região. Nós apostamos nisso.