Raimundo Cutrim analisa problemas na política de Segurança Publica
O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) fez
um relato, na sessão desta quinta-feira (18), da implementação de
políticas contra a criminalidade no Maranhão, desde meados do ano de
1997, quando assumiu o comando da Secretaria de Estado da Segurança
Pública. Ao iniciar seu discurso, Cutrim lembrou que, em 1999, o
Maranhão chegou a ser considerado o estado menos violento do Brasil.
Na avaliação de Cutrim, foram
verificadas crescentes melhorias, nos anos subsequentes, mas houve um
retrocesso a partir do ano de 2010, quando a então governadora Roseana
Sarney resolveu nomear Aluísio Mendes para ocupar o cargo de secretário
de Segurança do Estado.
Cutrim disse que chegou a advertir a
então governadora Roseana, chamando a atenção dela para o fato de que
Aluísio Mendes não teria competência para exercer o cargo: “O
ex-secretário nunca foi, nunca deu um prego numa barra de sabão no tempo
que trabalhou na Polícia Federal. Foi trabalhar com o Presidente
Sarney. De Polícia ele só sabe história, porque ele é catedrático em
mentira, é a pessoa mais mentirosa que possa existir no Brasil, e no
Maranhão”, afirmou Cutrim, na tribuna.
Na análise do deputado, a nomeação de
Aluísio Mendes foi desastrosa, e no ano de 2013 a cidade de São Luís já
era considerada a sétima capital mais violenta do Brasil, e a 15ª do
mundo.
“São Luís hoje é a quarta cidade mais
violenta do Brasil e a décima do mundo. A ex-governadora preferiu morrer
abraçada com o ex-secretário dela e, ainda de quebra, comprou o mandato
de deputado federal como recompensa pela desgraça que ele causou ao
estado do Maranhão”, acrescentou Cutrim.
Ele lamentou que o então secretário
Aluísio Mendes, com o apoio de três delegados da Polícia Civil, tentou
envolvê-lo como um dos supostos mandantes do assassinato do jornalista
Décio Sá, ocorrido na Avenida Litorânea, no dia 23 de abril de 2012.
Cutrim informou que ainda hoje luta pela reabertura da investigação do
Caso Décio Sá, para esclarecer dúvidas sobre a morte do jornalista.
Depois de criticar a investigação feita
em torno do Caso Décio Sá, Cutrim voltou a dizer que um dos maiores
erros da então governadora Roseana foi ter colocado Aluísio Mendes no
cargo de secretário de Segurança: “Ainda hoje nós estamos pagando caro
por isso, porque segurança pública não se faz em 24 horas, não se faz
milagre. O que ele deixou destruído não é fácil consertar.”
Cutrim leu na tribuna recente matéria
publicada no Jornal Pequeno, com a seguinte manchete: “Aluísio Mendes
diz que quer dar sua contribuição como parlamentar ao governo Flávio
Dino”.
Na avaliação de Cutrim, a contribuição que Aluísio deu foi destruir o Sistema de Segurança Pública do Estado.
“Eu fico triste ao olhar uma matéria
dessa no jornal. Contribuição! Ele quebrou o Sistema de Segurança
Pública, a segurança pública está em uma fase difícil, no governo
Flávio. Nós ainda não conseguimos estabilizar a violência, que continua
crescendo, esta é a realidade. No Estado todo a situação é gravíssima,
mas nós temos nessa hora é dar as mãos e buscar uma solução, e fazer
críticas construtivas, porque a Polícia - e hoje nós temos policiais
civis, excelentes profissionais, embora com um contingente pequeno,
bem como policiais militares estão aí diuturnamente trabalhando”,
assinalou Cutrim.
Agencia Assembleia