A saúde no cenário pós-pandemia
Rosângela dá Crüz
Terapeuta Holísticas, Acupunturista
Ac. de Farmácia
Durante a Pandemia do Covid-19 o mundo se deu conta que a Saúde está à beira do colapso e
precisa se reestruturar, o aprendizado com os erros e acertos do passado e a experiência com o
trauma da Crise gerada pela Pandemia irão nos conduzir a um modelo de saúde melhor.
Precisamos fazer de forma diferente para atingir os objetivo de cuidar da saúde das pessoas,
agregando valor a todos, sem distinção de classes ou segmentação social. Um sistema de Saúde
com eficiência, eficácia e estrutura suficiente, profissionais da saúde fazendo uso adequado dos
recursos e das tecnologias, associadas ao engajamento individual no cuidar da saúde, serão a
ponte para inovar em um modelo de saúde capaz de permear toda sua cadeia, passando pela
promoção, prevenção e assistência à saúde com excelência de qualidade para a preservação da
vida das pessoas. Após a pandemia, o mundo será diferente, muitos aprendizados estão sendo
oportunizados e já há várias discussões sobre o que precisa mudar e, ao contrário, o que tem que
ser intensificado, valorizado. O cuidado com nossa saúde nunca teve tanta evidência, por isso,
uma das reflexões de muito destaque durante o período de distanciamento social tem sido o
diferencial que o modelo de sistema de saúde adotado pelos países pode significar no
enfrentamento à COVID-19. No Brasil, desde a Constituição de 1988, foi implantado o Sistema
Único de Saúde (SUS), e a saúde passou a ser encarada como “direito de todos e dever do
Estado”. Por meio do SUS, o país apostava no acesso universal e igualitário à saúde, Além da
assistência médica, o Sistema prevê uma atenção contínua que vai desde a qualidade da
alimentação da população (papel da ANVISA, vinculada ao SUS) até a prevenção de doenças com
a imunização em larga escala. o Sistema brasileiro acompanha a ideia de que, mesmo em um
regime capitalista, a saúde deve ficar fora da lógica do mercado, procurando um padrão de
qualidade e de integração, um desafio e tanto para atender mais de 200 milhões de pessoas
distribuídas em mais de cinco mil municípios, a capilaridade do SUS e a atuação integral, como o
programa de saúde da família, por exemplo, podem ser muito relevantes em momentos de
epidemia.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) Reconhecidas Pelo Ministério da
Saúde e implementadas no SUS desde 2006, são muito importantes como um recurso na
preservação do autocuidado. Assim, são um recurso válido no alivio de condições
estressoras associadas ao contexto atual da pandemia e com estratégia complementar
de fortalecimento do sistema imunológico ou mesmo uma forma de cuidar de pessoas
em recuperação. A Terapias Integrativas e Complementares, reconhecidas pela
Organização Mundial de Saúde(OMS) em 1956, por tratar questões voltadas á melhoria
do bem-estar e, consequentemente, á saúde, faz parte das PICs ofertadas pelo SUS
desde 2018. É um instrumento importante que pode ser usado na pandemia, para
redução do medo, ansiedade, estresse, sensação de isolamento por exemplo.
A crise pela qual estamos passando tem sido muito oportuna para refletirmos sobre o
mundo em que queremos viver, e a saúde revela aspectos muito interessantes dessa
reflexão – ela, mais do que tudo, é coletiva! A necessidade de todos termos cuidados na
prevenção do coronavírus, por exemplo, enfatiza o papel de cada um de nós no cuidado
com o outro, nossa interdependência. Ao usarmos máscaras para sair às ruas, não
estamos apenas nos protegendo, mas, principalmente, protegendo ao outro. Dessa
forma, viver em um país onde exista uma política de acesso universal à saúde é
fundamental, pois, nessa rede interdependente, um depende do bem estar do outro, e
cuidar de si é cuidar de todos. Pode-se pensar, também, que será uma questão a ser
considerada em termos planetários – pois o vírus, que começou na China, rapidamente
espalhou-se por todos os continentes.
REFERÊNCIAS:
1 – Aquietar Terapias Holísticas
2 – Contabilizei.com.br