O ex-prefeito Humberto Coutinho terá que devolver com correção R$
475.726.54, valor que foi destinado a Prefeitura Municipal de Caxias para a
aquisição de 11 leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI que deveriam serem
instaladas na Maternidade Carmosina Coutinho.
O contrato entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Caxias foi
firmado em novembro de 2007. No ato da assinatura do convênio, o repasse no
valor de R$ 523,479.19 foi feito de imediato. R$ 475,726.54 e os demais R$
47,572.65 foram sacados do tesouro municipal.
Depois de varias cobranças, em agosto de 2008 o e-prefeito
apresentou ao Governo do Estado, no lugar das UTI.s, a prestação de contas da
compra de 85 aparelhos distribuídos em 18 itens, suficientes a instalação dos
11 leitos de UTI.
Em 2010, dois anos após, técnicos da secretaria estadual de Saúde
foram vistoriar o funcionamento das UTI,s. Para a surpresa de todos, elas não
existiam. Como o Hospital Sinhá Castelo esta desativado, as outras unidades
hospitalares foram inspecionadas, Maternidade Carmosina Coutinho, Pronto
Socorro João Viana, Hospital Geral e Ceami. As UTI,s pagas com o dinheiro do
Estado nunca existiram, transformaram em obra de ficção.
Novos documentos surgiram na sexta-feira sobre o provável desvio
de recursos públicos cometido pelo então prefeito Humberto Coutinho. Por meio
dele, soube-se que em 11 de abril, a Diretoria Executiva do Fundo Estadual de
Saúde já tratava o ex-prefeito como inadimplente, e exigia a devolução do
dinheiro, afirmando textualmente "não existir na rede municipal de saúde,
nenhuma UTI pediátrica.