quinta-feira, 20 de junho de 2013

OFICIOS DA PROFISSÃO DE JORNALISTA.

A jornalista Thamirys Deça  foi hostilizada. Ela relatou que foi chamada de: vagabunda, sem noção, alienada, burra, vaca e jornalista baba ovo. Apesar de trabalhar em jornal impresso, mandaram ela enfiar o microfone no, é bom poupar as palavras da repórter Que também foi desafiada a aparecer no protesto que vai acontecer sábado na Praça Maria Aragão na capital maranhense.Disseram ainda que a jornalista é advogada do Sistema Mirante.

Tudo isso foi publicado em uma pagina do Sampaio Corrêa, por qual motivo, a jornalista não soube explicar, o espaço é destinado a receber postagens sobre time de futebol, mas foi usado para discussões politicas. Consideram incoerente quem procura o Sistema Mirante para fazer divulgação de algo e agora então no embalo da onda dos protestos?

A jornalista lamenta ter passado anos estudando para conseguir uma vaga em uma universidade publica, anos estudando para conseguir concluir as disciplinas de um curso de Comunicação Social, anos trabalhando como estagiária, enfim ter dedicado grande parte da sua vida ao jornalismo, encarando sol e chuva para fazer uma reportagem.

Toda esta dedicação, para muitos nada disso importa. O importante é manter o discurso do FORA SARNEY. E eles fazem com fúria, como fizeram na quarta-feira(19/06), depredaram o veiculo de reportagem da TV Mirante durante a manifestação do #VemPraRuaSLZ. Os profissionais que estavam trabalhando identificados com crachás do Sistema Mirante tiveram que trabalhar escondendo a identificação, caso contrario, sofreriam hostilização.
Thamirys, jornalista  do jornal O ESTADO DO MARANHÃO

Essa repulsa não aconteceu somente com a Mirante A imprensa toda sofreu com esta represália sem limites.Vejam os exemplos de equipes de reportagens que estão fazendo as coberturas dos protestos em todo o pais, repórter da Folha levou um tiro de bala de borracha no olho, carro da Record foi incendiado e repórter da Globo quase linchado.Ainda falam em liberdade de expressão, mas não deixam a imprensa trabalhar. Os valores estão  distorcidos.

É muito difícil esperar uma mudança nos rumos do pais com um povo que não consegue diferenciar o que é dever da imprensa e o que é dever do poder publico, que não respeita o profissional que esta exercendo o seu trabalho, como foi relatado pela jornalista de O Estado no inicio do texto, ser tachada de uma coisa ou outra por questões ideológicas.