São Raimundo Nonato. |
O vaqueiro Raimundo dos Mulundus foi um jovem que perdeu muito cedo os pais e por isso sua criação ficou por responsabilidade de seus padrinhos numa antiga fazenda chamada Santa Maria localizada num povoado chamado Mulundus Certo dia Raimundo Nonato saiu com outros vaqueiros para procurar em um povoado distante uma parte do rebanho que havia fugido. No percurso ele se despeçou dos demais que quando sentiram falta dele voltaram a Mulundus anunciando seu sumiço. Toda a população local e vizinha se empenhou em procurar o jovem vaqueiro, que era muito querido por todos em virtude de sua bondade e bravura. Dois dias depois seu corpo foi achado com o pescoço quebrado ao lado de uma carnaubeira. Levaram então o corpo de volta para Mulundus onde curiosos, amigos e familiares o esperavam para a última despedida. A multidão que queria fazer a derradeira homenagem ao vaqueiro cada vez chegava de mais longe e o tempo passava mas o corpo permanecia em perfeito estado inclusive exalando perfume. O fato de o cadáver não putrefará e transpirar cada vez mais uma fragrância aromatizante fez com que os anciãos do local o definissem como santo e os habitantes de todas as regiões vizinhas passaram a fazer promessas pedindo a intercessão do vaqueiro. Essas preces foram todas atendidas e uma capela foi erguida em honra ao popular protetor dos vaqueiros.
O corpo do santo sumiu misteriosamente. A versão mais aceita é de que a Igreja havia o levado para Roma tomando para si a responsabilidade do culto. Na ocasião, o filho da Dona de uma fazenda situada num povoado chamado Primavera ficou doente, estava com pneumonia e a enfermidade foi descoberta já em estado grave. A mãe então prometeu ao Santo que se a criança, já despachada pelos médicos ficasse boa novamente, ela mandaria fabricar uma imagem do milagreiro. Alguns dias depois, através de medicação à base de ervas comuns, ficou curado. O Menino era Saul Nina Rodrigues, que mais tarde veio a se tornar advogado e membro da Academia Maranhense de Letras. A Imagem foi confeccionada e passou a ser venerada por escravos e moradores das proximidades. Decidiram então que a indumentária da imagem do milagreiro seria um gibão (roupa própria de vaqueiro) coberta por uma capa geralmente usada pelos bispos da época.
A Arquidiocese de São Luís tomou conhecimento e compareceu ao lugarejo para checar tal prática religiosa juntamente com um bispo de Portugal. A Igreja Católica não reconheceu o vaqueiro como santo e passou a indicar que a devoção era em honra à São Sebastião como forma de controlar uma possivel fé pagã. Alguns anos depois, tendo o fervor dos fiéis à São Raimundo aumentado ainda mais, a Diocese aceitou que a capela erguida tivesse como padroeiro São Raimundo Nonato, mas fazendo referência ao santo espanhol - que nasceu quando sua mãe já estava morta, um fato impossível à época – que é considerado patrono das parteiras e das obstetras. Reconhecido pela Igreja, foi um frade da Ordem dos Mercedários e se tornou famoso por seu trabalho de libertação dos cristãos prisioneiros dos Mouros no norte da África. Como o beato espanhol é festejado em 31 de agosto, os devotos de São Raimundo – o de Mulundus – passaram a comemorá-lo na mesma data. Ficando oficializado que o festejo sempre seria concluído em 31 de agosto. As novenas ocorrem todo ano em especial no período de 22 a 31 de agosto (Festejo), que até 1953, era realizado no povoado denominado Mulundus.
O corpo do santo sumiu misteriosamente. A versão mais aceita é de que a Igreja havia o levado para Roma tomando para si a responsabilidade do culto. Na ocasião, o filho da Dona de uma fazenda situada num povoado chamado Primavera ficou doente, estava com pneumonia e a enfermidade foi descoberta já em estado grave. A mãe então prometeu ao Santo que se a criança, já despachada pelos médicos ficasse boa novamente, ela mandaria fabricar uma imagem do milagreiro. Alguns dias depois, através de medicação à base de ervas comuns, ficou curado. O Menino era Saul Nina Rodrigues, que mais tarde veio a se tornar advogado e membro da Academia Maranhense de Letras. A Imagem foi confeccionada e passou a ser venerada por escravos e moradores das proximidades. Decidiram então que a indumentária da imagem do milagreiro seria um gibão (roupa própria de vaqueiro) coberta por uma capa geralmente usada pelos bispos da época.
A Arquidiocese de São Luís tomou conhecimento e compareceu ao lugarejo para checar tal prática religiosa juntamente com um bispo de Portugal. A Igreja Católica não reconheceu o vaqueiro como santo e passou a indicar que a devoção era em honra à São Sebastião como forma de controlar uma possivel fé pagã. Alguns anos depois, tendo o fervor dos fiéis à São Raimundo aumentado ainda mais, a Diocese aceitou que a capela erguida tivesse como padroeiro São Raimundo Nonato, mas fazendo referência ao santo espanhol - que nasceu quando sua mãe já estava morta, um fato impossível à época – que é considerado patrono das parteiras e das obstetras. Reconhecido pela Igreja, foi um frade da Ordem dos Mercedários e se tornou famoso por seu trabalho de libertação dos cristãos prisioneiros dos Mouros no norte da África. Como o beato espanhol é festejado em 31 de agosto, os devotos de São Raimundo – o de Mulundus – passaram a comemorá-lo na mesma data. Ficando oficializado que o festejo sempre seria concluído em 31 de agosto. As novenas ocorrem todo ano em especial no período de 22 a 31 de agosto (Festejo), que até 1953, era realizado no povoado denominado Mulundus.