Maranhenses encontraram com a morte no desabamento de um prédio em construção na cidade de São Paulo. Segundo informações, três são da cidade de Barra do Corda. O eletricista Gilvan Costa Carneiro Luiz e a prima Francisca chegaram por volta das 19h de terça-feira (27) ao Instituto Médico-Legal (IML) Central de São Paulo para reconhecer o corpo de Antônio Carlos Carneiro Luiz, um dos sete operários mortos no desabamento ocorrido na Zona Leste da capital paulista.
Eles afirmam que, embora tenham certeza que o familiar está no IML, não fizeram o reconhecimento do corpo. "Não foi possível nós vermos (o corpo). A firma tem de trazer alguma documentação", afirmou Gilvan.
Segundo os parentes, Antônio Carlos é de Barra do Corda, no Maranhão, onde deixou mãe, mulher e filhos. O irmão e a prima dizem não ter condições de arcar com as despesas de traslado. Eles pedem apoio da empresa. "A gente não tem a menor condição de levar esse corpo para o Maranhão", disse Francisca. "Nenhuma pessoa da firma está dando apoio às vítimas. Está todo mundo jogado no alojamento", afirmou o eletricista.
A Salvatta Engenharia diz que vai prestar auxílio aos familiares dos mortos no desabamento e deve auxiliar no envio do corpo de Antônio Carlos Carneiro
Gilvan afirmou que foi avisado por amigos que seu irmão morreu e um outro, Francisco Silvano, ficou ferido no acidente. "Quem tem parente pode ter algum apoio. Agora, os que não têm estão todos lá sem saber de nada. As famílias são do Maranhão e não podem vir porque não têm condição", lamentou.
Os dois têm certeza que o corpo está no IML porque Francisco Silvano viu o irmão morto na obra, serviços de emergência confirmaram o nome da vítima e o IML atestou a chegada do corpo à família duas vezes por telefone, segundo o eletricista.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o corpo está liberado para a retirada da família depois de ter passado por todos os trâmites necessários. A única documentação necessária é alguma que prove que a pessoa pertence àquela família.
Foi um acidente, uma fatalidade ou irresponsabilidade da empresa responsável pela obra. E mais uma vez o estado do Maranhão é destaque na mídia nacional em mais uma noticia trágica que abala o Brasil.
Esperamos que a tragédia que entristeceu nossos irmãos de Barra do Corda e Imperatriz, não seja explorada politicamente, querendo culpar a governadora Roseana Sarney pelo fato dos maranhenses estarem trabalhando longe dos familiares, amigos e da cidade natal. Em casos assim, o sensacionalismo é abominado e anti-ético.
Que Deus console as famílias que perderam seus entes queridos em São Paulo, onde foram em busca de trabalho e de novos horizontes.