Luis Fernando \Silva. |
A oposição maranhense insiste na conversa de que o ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando (PMDB), é um candidato frágil. Trata-se de mais uma das auto-ilusões com que vem fazendo política por todos esses anos.
A ideia de fragilidade do adversário tem construído, desde 2012, por exemplo, estratégias equivocadas.
Uma delas: publicar pesquisas a dois anos, um ano das eleições com números estratosféricos favoráveis a Flávio Dino (PCdoB).
Por conta do tempo, esses números estão longe de representar a realidade eleitoral e em 2014, quando todas as candidaturas estarão postas. Resultado fatal: parecerá que Dino está despencando nas pesquisas, o que afasta eleitores, apoios políticos e doações de campanha.
Mudança
Até aqui o discurso de Flávio Dino segue o mesmo bordão, o da mudança. Creio que em 2014 o bordão estará puído. Explico. Dificilmente os adversários deixarão de mostrar que o discurso não casa com a prática política. Para ganhar gordura política, Dino vem se juntado a políticos com larga e obscura folha corrida.
Além do mais, foi o grande fiador da candidatura de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) a prefeito de São Luís.
Eleito, Júnior ainda não conseguiu administrar São Luís, até o feijão-com-arroz é insosso. E Edivaldo Holanda Júnior foi apresentado como, na campanha de 2012? Como a mudança, a mudança de 2012 que se estenderia até 2014. Impossível não ver aí um tremendo desgaste para Flávio Dino.
Isso para não falar na companhia de históricos do sarneísmo, como o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB). Além da grande pedra no sapato, o empresário Dedé Macedo, que na roda de políticos é tido como agiota com negócios nas prefeituras comandadas por vários prefeitos oposicionistas diretamente ligados ao comunista.
Tudo isso deveria ser motivo de reflexão na oposição ligada a Flávio Dino. Por lá, porém, o discurso beira o ufanismo. Flávio Dino é apresentado como uma potência e o principal adversário político como sendo uma fragilidade.
A cegueira e a soberba costumam cobrar um preço muito alto. Aguardemos 2014.
(Entre parênteses, pergunto: como pode ser frágil um adversário que está no poder e sequer foi apresentado à população como candidato?).
Blog do Roberto Kenard