Dilma no congresso do PCdoB: silêncio sobre as prisões de mensaleiros |
Depois
de dizer pelo Twitter, horas antes de serem anunciadas as prisões dos
mensaleiros, que uma das funções do presidente da República é combater a
corrupção, Dilma Rousseff preferiu o silêncio sobre as detenções. Ela
participou do 13º Congresso do PCdoB, na noite de ontem, sem comentar o
episódio. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já tinha
confirmado presença no evento, onde discursaria, desmarcou o compromisso
depois das prisões. Interlocutores de Lula relatam que a notícia o abalou muito.
Presidente do PCdoB, Renato Rabelo fez um discurso em defesa dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal presos ontem, entre eles, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT e deputado federal José Genoino. “O PCdoB não vê motivos para festa e não considera que a justiça esteja sendo feita”, disse. “Nossa solidariedade aos companheiros presos injustiçados.” Aplausos se seguiram às palavras de Rabelo.
Dilma Rousseff, entretanto, não aplaudiu. Nem os ministros do PT — Alexandre Padilha, da Saúde; Aloizio Mercadante, da Educação; e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais — que estavam ao lado dela. A presidente, porém, chegou a se levantar, acompanhando outros componentes da mesa, quando militantes da União da Juventude Socialista — a ala jovem do PcdoB — entoaram o grito “Cada poder tem seu lugar, STF não pode legislar”.