Os lideres do PSDB e do PPS defendem a perda automática dos mandatos dos parlamentares condenados no processo do mensalão. Estão nesta situação o deputado licenciado José Genoíno (PT - SP); Valdemar Costa Neto (PR - SP) e Pedro Henry (PP - MT). O deputado João Paulo Cunha (PT - SP) ainda tem recursos em julgamento.
- A partir do momento em que a mais alta Corte do Pais determinou a prisão dos condenados, não há mais espaço para a Câmara deliberar sobre a perda dos mandatos. A questão está decidida. Não podemos cometer o mesmo erro do caso Donadon - afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (foto) de São Paulo.
Essa também é a opinião do líder do PPS, deputado Rubem Bueno (foto a esquerda). Segundo ele, diferentemente do caso Donadom, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu pela cassação.
- Não vamos insistir nesta figura do deputado-presidiário. É incompatível você condenar alguém alguém à prisão e ele continuar exercendo o mandato na Câmara dos Deputados. É absolutamente inaceitável sob qualquer aspecto - disse Bueno.
A assessoria do deputado Roberto Freire (PPS - SP) disse, nesta segunda-feira (18) que o partido deve protocolar em breve um pedido (questão de ordem) para que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declare a perda de mandato dos parlamentares condenados.
O Supremo Tribunal Federal condenou 25 réus do mensalão e determinou o cumprimento das penas de 22 deles. Onze condenados foram presos no sábado (16); entre eles, Genoíno, o ex-ministro José Dirceu e o empresário Marcos Valério. Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, fugiu para a Itália por ter dupla cidadania.