A decisão do Ministério Público de acionar judicialmente o ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho (PDT), e mais nove por irregularidades na execução de convênios da ordem de R$ 12 milhões (reveja), mexeu com os brios da oposição na Assembleia Legislativa na manhã de ontem (31).
Indignados com a decisão que fere de morte um dos principais artífices da pré-candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), o líder da oposição na Casa, deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), e a esposa do pedetista, deputada Cleide Coutinho (PSB) atacaram o MP. O comunista chegou a dizer que o órgão “é caolho”.
“Infelizmente, salvo raras exceções, o Ministério Público do Maranhão é caolho, só olha para um lado, só olha com um olho e só olha para cima da oposição. Quando é contra a oposição, é diligente, é célere, exige o cumprimento da coisa pública e quando é com o outro olho não vê nada, nada acontece, não sabe de nada. E são os inúmeros fatos que comprovam isso”, disparou Júnior, numa clara tentativa de constranger o Parquet.
“É lamentável que o Ministério Público, instituição importantíssima na defesa dos valores da democracia seja tão rigoroso com aqueles que tentam trabalhar para melhorar as condições de saúde do tão sofrido povo maranhense”, disse Cleide Coutinho.
Confrontada com o posicionamento público dos parlamentares, a procuradora-geral de Justiça, Regina Rocha, disse que respaldou a decisão da promotora de Justiça Carla Mendes Pereira Alencar.
“A promotora de Caxias tem está respaldada pela administração superior e agiu dentro de suas atribuições em defesa do patrimônio público e combate à improbidade administrativa”, completou.
Blog do Gilberto Leda