A delegada geral da Polícia Civil do Maranhão, Cristina Meneses, confirmou hoje (22) que o agente José de Ribamar Martins, 55, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), e o vigilante Reginaldo Nunes da Silva foram presos acusados de facilitar uma saída de Júnior Bolinha da cadeia.
Ele foi preso ontem (21), depois que, liberado pelos dois suspeitos, sequestrou um empresário que lhe devia R$ 180 mil. O vigilante confirmou ter recebido R$ 150 para deixar o agiota – que vai a júri popular pela participação no assassinato do jornalista Décio Sá – sair por um dia.
Segundo comentários dão conta de quê Bolinha estava desde cedo fora da cadeia e já havia promovido um churrasco num sítio na Pirâmide – o mesmo onde promovera orgias com a participação do pistoleiro Johnatan de Souza, contratado para executar Décio Sá.
A delegada-geral confirmou a informação de que a Seic já sabia que ele sairia da prisão neste sábado e havia monitorado toda a ação. Segundo ela “a Polícia Civil não pode compactuar com irregularidades dentro da corporação”.
“Os maus policiais serão advertidos quando suspeitos ou envolvidos em crimes. Nós queremos uma polícia fortalecida e de credibilidade junto à sociedade”, disse.
Autuado em flagrante por sequestro e corrupção ativa, Bolinha foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pedrinhas. O vigilante também seguiu para lá, depois de ser autuado por corrupção passiva, mesmo crime pelo qual foi autuado o policial civil.