As articulações que envolvem uma possível renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB) para disputar uma vaga no Senado estão cada vez mais intensas entre membros da base governista e por um motivo pouco aparente.
Ocorre que, mais do que definir o sucessor da peemedebista por nove meses, uma eleição indireta na Assembleia Legislativa – se ela sair mesmo do cargo – também confirmará, muito provavelmente, quem será o candidato do PMDB em outubro.
O pleito é, portanto, uma espécie de convenção informal do partido.
Explica-se: caso o eleito indiretamente seja o secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, está claro para todos que ele será candidato natural à reeleição.
A questão é que, se o eleito for o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo, há também no grupo governista quem acredite que seja ele o candidato em outubro.
E não porque queira, mas pelas circunstâncias.
Quem acompanha as conversas relata que Melo, se eleito governador pela via indireta, tem garantido apoiar a eleição direta de Luis Fernando. Mas há no grupo quem não acredite em sucesso no pleito de outubro nessas condições.
Para esses observadores, se o presidente do Legislativo for o escolhido dos deputados numa eventual saída de Roseana, o próprio Luis Fernando abdicaria da pré-candidatura, por não confiar no êxito do projeto.
Assim, restaria ao próprio parlamentar levar uma candidatura do PMDB adiante.
Ou seja: a convenção do PMDB acontecerá na Assembleia…