Roseana deu de ombros pros interesses pessoais dos aliados
Muita gente entende que a governadora Roseana Sarney (PMDB) perdeu o timming no debate sobre sua saída para disputar as eleições de outubro – e a consequente eleição indireta na Assembleia Legislativa para a escolha de seu sucessor.
Para estas lideranças políticas, ela deveria ter buscado o entendimento – não só com o presidente da Assembleia, Arnaldo Melo (PMDB), mas também com os demais parlamentares da base – desde a indicação do vice-governador Washington Oliveira para a vaga no Tribunal de Contas do Estado.
Eles entendem que Roseana perdeu tempo, deixou a coisa andar e criou um “monstrinho” difícil de domar.
E o tempo é curto para a governadora.
Tudo o que ela não fez em sete meses, terá que fazer em 28 dias, que é o tempo que resta daqui até o prazo de desincompatibilização, em 6 de abril.
Mas o fato é que existiu um jogo político por trás da eventual eleição indireta.
Muitos deputados se posicionaram ao lado de Arnaldo Melo apenas por que apostavam que Roseana iria sair de qualquer jeito por que precisaria do mandato; e que, Arnaldo assumindo o governo, herdariam sua cadeira na presidência da Assembleia.
E muitos insuflavam o presidente pensando também na própria reeleição.
Mas estes mesmos, agora, começaram a se assustar quando souberam da decisão de Roseana de ficar no governo até dezembro – e atrapalhar os planos de quem sonhava com a Assembleia.
Agora, a questão da candidatura ou não de Roseana põe em risco o projeto de todo o grupo – inclusive daqueles que se declaravam arnaldistas há menos de uma semana.
O fato é que todos caíram na real e ninguém mais sabe o que vai acontecer até 6 de abril.
E muito menos o que virá depois…
blog do Marco Deça
