Obcecado por ganhar a eleição, o candidato do PCdoB está perdendo a própria identidade ideológica, ao se juntar com qualquer um para chegar ao poder. Mas, além do desgaste político, ele pode sofrer rejeição do eleitor mais qualificado, que se sentirá enganado pelas suas ações
O chefão já posou com Dilma…
Diz um ditado popular: “quem tudo quer, tudo perde…”.
O chefão comunista Flávio Dino pode ser enquadrado perfeitamente no conceito deste provérbio.
Na ambição de chegar ao poder no Maranhão – a qualquer custo – o candidato faz qualquer negócio: já negociou apoio a Eduardo Campos, para ter o PSB, se insinua para Aécio Neves, no afã de contar com o PSDB, e trai fragorosamente a presidente Dilma Roussef (PT), mas não deixa de estimular petistas oportunistas seu nome ao de Lula.
…fez campanha para Eduardo Campos…
É assim que Dino quer fazer a mudança no Maranhão.
Mas posturas furta-cor como estas acabam sendo identificadas pelo eleitor: afinal, se o comunista quer mudar o Maranhão com que projeto nacional ele acha que o estado terá mais chances de mudar?
… e já admite palanque até para Aécio Neves
Com Dilma? Com Aécio? Com Campos?
Obcecado pelo poder, Flávio Dino ignora princípios básicos da relação política, e negocia com qualquer um, confundindo os partidos e o próprio eleitor.
Mas ele precisa ter consciência de que há um outro provérbio popular que não sai de moda:
“Ninguém pode enganar a todos o tempo todo”…
blog do Marco Deça
