Depois da desistência do ex-secretário de Infraestrutura, Luis Fernando, de concorrer ao Governo do Maranhão e, ato contínuo, o anúncio de que o suplente de senador Edison Lobão Filho pode ser o candidato do grupo governista ao Palácio dos Leões, a classe política é surpreendida por mais uma reviravolta no cenário político local.
É que o PSDB, de João Castelo, e o PPS, de Eliziane Gama, divulgaram nota em que admitem possibilidade de formação do que estão chamando de “bloco unitário e programático” que visa disputar a eleição para o governo e para o Senado em outubro.
“Cientes da necessidade e da complexidade dessa unidade, que reúne partidos com proposições diversas no plano nacional, é que o PPS e o PSDB, partidos fundamentais para a consolidação de uma frente de oposição programática, alertam para a urgente necessidade do realinhamento das alianças necessárias para o enfrentamento da disputa eleitoral e a para a consecução de um projeto de mudanças reais que traga dias melhores para o povo maranhense. O realinhamento dessas alianças passa necessariamente pela rediscussão da chapa majoritária do candidato da oposição”, diz trecho da nota tucano-popular-socialista.
O documento pegou de surpresa a oposição capitaneada por Flávio Dino e pode ter sido a “água no chope” nas pretensões dos comunistas contarem com o PSDB e o PPS no seu projeto de poder, já que estes dois partidos tendem a laçar candidatos próprios tanto a governador quanto a senador.
Fiquem com a nota PSDB/PPS na íntegra
A decisão da governadora Roseana Sarney, de permanecer no governo até o final do seu mandato, demonstra, decerto, a evidente deterioração da unidade política do seu grupo. Permanecer no governo é também uma demonstração de contagiante fragilidade da continuidade do projeto de poder do grupo.
Além disso, sua decisão de não disputar a vaga para o Senado abre reais perspectivas para a vitória de uma candidatura de oposição, tanto para governador como para senador, no pleito que se aproxima.
Em razão disso, defende-se que a unidade das oposições aproximará as condições políticas e eleitorais necessárias para enfrentar e derrotar a mais antiga oligarquia em atividade no Brasil.
Cientes da necessidade e da complexidade dessa unidade, que reúne partidos com proposições diversas no plano nacional, é que o PPS e o PSDB, partidos fundamentais para a consolidação de uma frente de oposição programática, alertam para a urgente necessidade do realinhamento das alianças necessárias para o enfrentamento da disputa eleitoral e para a consecução de um projeto de mudanças reais que tragam dias melhores para o povo maranhense.
O realinhamento dessas alianças passa necessariamente pela rediscussão da chapa majoritária do candidato da oposição. Por razões nacionais e também estaduais, PPS e PSDB no Maranhão compõem, a partir de agora, um bloco unitário e programático, em razão de ter entre seus quadros excelentes nomes para disputa eleitoral.
O ideal é que haja a convergência dos partidos de oposição em torno de uma única candidatura ao governo e ao senado. Todavia, caso não sejam criadas as condições objetivas que viabilizem essa aliança, PPS e PSDB lançarão projeto próprio, fundamentado em um programa de governo que promova desenvolvimento com sustentabilidade e a inclusão social de milhares de maranhenses”.