21 de abril de 2014 - Vinte e nove anos da morte do presidente Tancredo Neves
Lendo a entrevista de um suíço, que em breve postarei no
blog, fiquei pensando a cerca da morte que foi revelada por ele, morte essa de
um presidente de país de terceiro mundo na década de 80, não sei porque , mas
imediatamente me veio a cabeça a morte de Tancredo Neves onde eu sempre ouvi
meu pai falar que ele foi de fato, assassinado. Bom, investiguei um pouco sobre
a morte desse nosso Presidente e, achei alguns poucos artigos decidi postá-los
aqui . Seguem os artigos :
O ASSASSINATO DE TANCREDO NEVES
O primeiro presidente civil eleito depois do período de
regime militar no Brasil, Tancredo Neves, foi considerado clinicamente morto no
dia 12 de abril de 1985. Seu corpo foi mantido por aparelhos e com ajuda de
drogas até o dia 21 do mesmo mês (data histórica, que lembra a morte de
Tiradentes), quando o óbito foi anunciado oficialmente às 22h23.
" Após 38 dias de agonia, e
sete cirurgias, o primeiro presidente civil eleito desde o Golpe Militar,
morre." Assume o vice da chapa, José Sarney, do PFL, partido fundado por
dissidentes do PDS. Com ele, o poder permanecia nas mãos dos que apoiavam o
regime militar. Muitos acreditam que sua morte tenha sido um plano arquitetado
pelos líderes do regime autoritário, quando perceberam que sua vitória era
inevitável. No mês da morte de
Tancredo, A rede globo mostrou uma reportagem especial sobre a sua morte e fez
uma verdadeira encenação, levando a comoção de toda uma nação. Aliás, a globo é
muito boa nisso ....
"Conversando com um
historiador, ouvi que Tancredo
Neves foi assassinado, e então eles inventaram o conto da diverticulite,que
agora vem sendo questionado e a rede globo tenta manter as aparências de seu
passado militar. ... O que sei é que no dia de sua posse,na missa
celebrativa(catedral de Brasília),acabou a luz e ouviu-se um tiro(ou algo
parecido),...dias depois foi divulgado que Tancredo teve uma crise e estava no
hospital (UTI), no caso ele já estaria morto,mas os militares, que por sinal
apoiavam Sarney,encobriram a noticia e deixaram para divulgar sua morte no dia
22/04.
Diz-se ainda que a repórter
Gloria Maria ,presenciou a cena,e teve que ir fazer umas reportagens por alguns anos na Finlândia... "
Há outras afirmações de que ele
foi envenenado, mas o fato é que muitos políticos morrem como queima de arquivo.
Separei alguns posts que se
resguardam como anônima para você refletir melhor , pois tudo merece ser lido e
pesquisado.
Anonimo disse: " Meu amigo, vc conseguiu pesquisar bem
os fatos (VERDADE), eu por exemplo, conheço 3 pessoas que não se conhecem entre
si que presenciaram o tiro de bala dum-dum, que foi dado exatamente na igreja,
claro que Glória Maria viu também...está é a quarta pessoa, mas nunca conversei
com ela, as outras três são militares de diversas Armas...E o repórter Antonio
Brito!!! Que sabia de tudo e virou até governador!!!! Meu amigo ninguém tem é
coragem de falar a verdade que sabem, pois todos tem medo de morrer...Sei que
estamos arriscando as nossas vidas aqui delatando o que sabemos, mas é mais do
que passada a hora para agirmos, se o Bem não ir a luta, não conseguiremos ser
felizes de verdade nunca!!!!"
Anonimo disse: " Sobre a
morte de Tancredo Neves, é tudo mentira sobre a tal doença e também
envenenamento. Eu assistia a tv quando Tancredo sofreu o atentado. Foi realmente
à saída da Catedral, após uma missa. Ele recebeu um tiro à queima roupa. Quem
fazia a reportagem era a Glória Maria, da Rede Globo. Após o atentado, em
segundos, as transmissões foram interrompidas instantaneamente. Após isso, a
Globo sumiu com a Glória Maria, enviou-a para lugares distantes, não sei onde,
e só reapareceu anos depois. Lembram do sumiço da Glória Maria? Após isso,
notícias foram veiculadas que os parentes de Tancredo denunciavam tais atos, e
que deixaram e que deixaram Tancredo com as feridas expostas para que sofressem
infecções e não sobrevivesse. Ele poderia estar vivo ainda, ou pelo menos ter
assumido a presidência, mas ouve uma grande conspiração, que causou a morte de
Tancredo. Os assassinos ainda estão livres por aí, na política brasileira."
Bom, segue trecho do artigo que
fala da morte 'oficialmente' pesquisada:
A análise da data da morte é do
pesquisador, historiador e especialista em literatura médica da Universidade de
São Paulo (USP), Luís Mir, que investigou ao longo de dez anos, por meio de entrevistas, laudos, relatórios e
prontuários, o tratamento e a morte do presidente. Ele ainda chegou à conclusão
de que uma sucessão de erros de diagnóstico – aliado a procedimentos ultrapassados
e equivocados – sem contar uma guerra de egos entre médicos – determinaram a
morte de Tancredo.
Divulgação
Luís Miro resultado da pesquisa
de Mir está no livro O Paciente – O Caso Tancredo Neves, recém-publicado, que
afasta teorias conspiratórias sobre o caso, como a de que o presidente teria
sido envenenado.
Nada mais a fazer
No dia 12 de abril, os médicos
que cuidavam do presidente anunciaram que não tinham mais o que fazer para
curá-lo.
No dia em que foi anunciada a
morte (21), o então secretário de Imprensa da Presidência da República, jornalista Antônio Britto, leu a nota de
falecimento de Tancredo, transmitida ao vivo pelo programa
"Fantástico" da TV Globo:
"Lamento informar que excelentíssimo
presidente Tancredo de Almeida Neves faleceu esta noite no Instituto do
Coração, às dez horas e vinte e três minutos".
Na continuação da leitura do
comunicado, Britto disse: "Acrescento o seguinte: nos últimos 50 anos a
vida pública de Tancredo Neves confundiu-se com os sonhos e com os ideais
brasileiros de união, de democracia e de justiça social e de liberdade. Nos
últimos meses, pela vontade do povo, e com a liderança de Tancredo Neves, esses
ideais se transformaram na Nova República. A emocionante corrente de fé e de
solidariedade das últimas semanas, enquanto o presidente Tancredo Neves lutava
pela vida, só fez crescer esse sentimento de união que foi sempre ação, exemplo
e o objetivo de Tancredo Neves. Com a mesma fé, com a mesma determinação, o
Brasil haverá, a partir de agora, de realizar os ideais do líder que acaba de
perder: Tancredo Neves".
Hoje presidente executivo da
Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), com sede em São
Paulo, Antônio Britto não quis comentar o assunto.
Precipitação
Segundo o pesquisador da USP,
autor do livro, a crise de saúde de Tancredo poderia ter sido tratada após sua
posse e de maneira mais serena, sem as pressões políticas de momentos inerentes
à posse de um presidente civil que substituiria uma série de governos
militares. Segundo Luis Mir, o tumor de Tancredo não era um caso urgente e
poderia ter sido tratado depois, pois o futuro presidente não corria risco de
morrer.
A causa da morte de Tancredo foi
uma hemorragia em consequência da técnica de sutura (fechamento dos pontos)
utilizada pela equipe do cirurgião Francisco Pereira Rocha, depois da operação
de uma suposta apendicite, que na verdade era o tumor.
Calvário
Tancredo
morreu depois de 34 dias de tratamento no Hospital de Base, em Brasília, e no
Instituto do Coração, em São Paulo. Para a transferência entre os hospitais, de acordo com Mir, foram
imputadas ao Hospital de Base dificuldades técnicas, que na realidade não
existiam.
A
internação do presidente ocorreu na noite de 14 de março, véspera da posse,
quando Tancredo passou a sentir fortes dores abdominais.
Enquanto
o presidente passava pela primeira de suas seis cirurgias, já no dia 15, data
da posse, começou uma intensa mobilização política em Brasília, já que o
partido de Tancredo (PMDB) queria a posse do deputado federal peemedebista
Ulysses Guimarães, presidente da Câmara dos Deputados, e não do vice-presidente
eleito, José Sarney.
Paralelamente,
também eram feitas negociações com o presidente militar João Batista de
Oliveira Figueiredo, para passar a Presidência diretamente a José Sarney, com
quem estava rompido. Para tanto, Ulysses Guimarães havia assumido compromisso
com o ministro-chefe do Gabinete Civil de Figueiredo, general Leitão de Abreu,
de que não haveria solenidade de transmissão do cargo, contornando assim o
impasse. Abreu era partidário, até então, da posse do presidente da Câmara.
Após as negociações, José Sarney tomou posse como presidente da República
perante o Congresso às dez horas da manhã do mesmo dia 15.
Troca de
acusações
O
resultado da primeira cirurgia de Tancredo foi uma obstrução intestinal que
assustou a equipe médica. A segunda operação, realizada no dia 20 pelos médicos
Henrique Válter Pinotti, Francisco Pinheiro da Rocha e João Batista Alves,
gerou divergência entre os especialistas, que trocaram acusações por meio da
imprensa.
Com
dificuldades de recuperação e uma crise circulatória, Tancredo Neves foi transferido para o Instituto do Coração
do Hospital das Clínicas de São Paulo, onde foi submetido, em 26 de março, a
uma terceira cirurgia, realizada pela equipe de Pinotti. Após essa intervenção
é que o presidente eleito foi acometido por uma forte infecção hospitalar.
Uma
quarta cirurgia tentou corrigir uma "hérnia inguinal encarcerada no lado
esquerdo do abdome" e deter um foco infeccioso. Na quinta intervenção, os
médicos tentaram drenar um foco infeccioso no local da quarta incisão. No dia 9
de abril foi realizada a sexta cirurgia, uma traqueostomia para amenizar o
desconforto originado pela presença de um tubo orotraqueal.
Finalmente,
a sétima e última intervenção foi realizada no dia 12 de abril de 1985, para
"exploração e limpeza da cavidade abdominal". Exatamente nesse dia,
de acordo com a pesquisa de Mir, foi
constatado o "esgotamento das possibilidades de preservar a vida do
presidente". Mas o anúncio da morte de Tancredo só foi feito na simbólica
data do Dia de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira.
fonte: blog Conspiração