As paralisações decretadas em dias de jogos vão gerar grandes prejuízos para a industria e o comercio brasileiros
O Brasil vai parar por causa dos Jogos Mundiais e não é só porque parcela dos brasileiros acompanhará as partidas pela TV ou nos estádios. Das 12 cidades-sede, oito já anunciaram paralisações em dia útil e providenciaram medidas especiais para servidores públicos e serviços. Milhões de funcionários serão dispensados nos dias das partidas, que poderão ser considerados feriados oficiais em algumas cidades. Comércio fechado significa ausência de vendas e, consequentemente, prejuízo. Quem ganha com isso?
Todo esse tempo de recesso tem um custo. Com indústrias paralisadas, empresas param de produzir e o comércio fica fechado. A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) divulgou um estudo sobre um possível impacto dos feriados durante a Copa do Mundo e o resultado não foi nada animador. Segundo o levantamento, a produção pode sofrer perda de até R$ 30 milhões em todo o País. Dinheiro desperdiçado, jogado pelo ralo.
O Rio de Janeiro foi a primeira cidade-sede a decretar feriado nos três dias úteis de jogos disputados no estádio do Maracanã. A estimativa de perda supera os dados da Fecomercio e a consequência é o prejuízo calculado em R$ 8 bilhões apenas na capital fluminense, segundo dados do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas), os recessos da Copa são desnecessários.
São Paulo estuda a possibilidade de decretar feriados, mas nenhuma definição havia sido tomada até o fechamento desta edição. Nas outras capitais, como Salvador, Curitiba, Natal, Cuiabá e Recife, os dias de jogos não serão considerados feriados municipais, mas em alguns casos haverá ponto facultativo (cada cidade possui a própria determinação). Feriado ou não, será difícil escapar dos prejuízos.