EUA mostram que o mundo dos livros não é chato como os brasileiros pensam
A situação se agrava quando se leva em consideração o tipo de aluno que frequenta a escola pública. A maioria das famílias brasileiras vive uma realidade financeira que não permite a compra de livros. Gastos com cultura (livros, visita a museus, etc.), para grande parte de nossa sociedade, são menos importantes do que gastos com roupas, alimentação e diversão, por exemplo, e não tão importante quanto, o que seria o cenário ideal.
Falta em nosso país incentivo à leitura. Crianças que passam o dia jogando videogame ou compartilhando a vida em redes sociais desperdiçam o tempo que deveria ser usado para a leitura. A diversão é importante, sim. Mas quem disse que não é possível se divertir com livros?
Crianças do ensino infantil e fundamental de Merrillville, nos Estados Unidos, por exemplo, são impulsionadas a ler durante suas férias. E aprendem a gostar desse hábito. Assim como na maior parte do país, essa cidade dá opções de leitura e doa os livros às crianças, que também recebem cadernos para fazer apontamentos e, no retorno às aulas, ganham cupons de desconto para usar em feiras de livros organizadas pela prefeitura.
Os Estados Unidos, assim como praticamente todos os países desenvolvidos, mostram que o mundo dos livros não é chato como os brasileiros pensam. Isso reflete em boa colocação no ensino superior e, posteriormente, no mercado de trabalho.
A leitura não deve ser imposta por pais e professores, mas incentivada por eles. Crianças que se divertem lendo com seus pais, dando opiniões, criando e contando histórias desenvolvem o gosto pelos livros. Leve seu filho a livrarias e bibliotecas e deixe que ele se divirta com o que quiser, de quadrinhos a livros de atividades. Participe desse processo.
Aprender a ler é mais do que reconhecer o próprio nome em um papel, é iniciar o caminho para que seu nome fique marcado no mundo.