sábado, 6 de dezembro de 2014

Relacionado aos negócios de Alberto Youssef, Ricardo Murad pede exoneração da Secretária de Saúde
Depois de seis desastrosos anos à frente da Secretaria de Saúde, o deputado estadual licenciado Ricardo Murad (PMDB) anunciou, na madrugada deste sábado, que deixará pasta na próxima terça-feira, com a renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Comenta-se nos bastidores que a exoneração do cunhado de Roseana teria sido uma das exigências do presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), para assumir o comando do Palácio dos Leões até a posse de Flávio Dino (PCdoB). Com a decisão, Ricardo reassume a cadeira no legislativo na tentativa de influenciar na votação orçamentária do primeiro ano do governo Flavio Dino.

No início da semana, o secretário foi surpreendido com uma reportagem da Carta Capital, relacionando a duplicação da adutora do Italuís aos interesses do doleiro Alberto Youssef. A obra é de responsabilidade da Caema, subordinada às decisões dele desde 2009, e executada por um consórcio de empresas umbilicalmente ligadas aos negócios da família Sarney (EIT e Edeconsil).

O secretário é investigado por irregularidades na aplicação de recursos federais e fortes indícios de fraude nas obras dos 72 hospitais do Saúde é Vida. Um relatório bombástico da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontou, no ano passado, irregularidades gravíssimas na elaboração do projeto dos hospitais, direcionamento de contratos, dispensa de licitações e superfaturamento.

No meio político, é unanimidade que o atual titular da Secretaria de Saúde não escapará impune, caso estas e outras acusações sejam confirmadas. Entre os ainda aliados do clã Sarney, também sobram interessados em pedir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para abrir a caixa preta da gestão de Ricardo Murad.
 
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