Governo Roseana Sarney não deixou saudade, só divida
Na medida que a nova administração
estadual vai tomando pé da situação do Estado, cresce a certeza de que a
ex-governadora Roseana Sarney minou propositadamente as finanças para
prejudicar o sucessor. Inicialmente imaginou-se que seriam apenas R$ 1,1 bilhão
em dívidas, mas a cada vez que o governo atual se debruça sobre uma pasta
descobre que o rombo é ainda maior.
Roseana deixou dívidas
milionárias na Caema, na Saúde, com bancos e agora descobre-se que até o
transporte dos indígenas ficou para o sucessor pagar. Sabia-se que ela havia
retido verbas no valor de R$ 79 milhões, fruto de empréstimos consignados dos
servidores, não repassado aos credores, assim como deixado de repassar R$ 58
milhões do FEPA/FUNBEN Patronal e outros R$ 423 milhões em restos a pagar, mas
a onde o governo atual coloca o dedo encontra buraco.
Somado a estas dívidas,
Roseana deixou para sucessor honrar os precatórios de 2012,2013 e 2014,
totalizando um total de R$ 565 milhões, perfazendo um total global da dívida, até
janeiro de 2015, de R$ 1.105 bilhão, o que pode ser interpretado como uma
atitude considerada perversa e premeditada para prejudicar o início de governo
do sucessor.
A sensação que fica é que essa
gente que passou 50 anos mandando no Maranhão, após a derrota, praticou
política de terra arrasada, pois o buraco parece ser ainda maior do que se
imaginava. Ciente de que não poderiam mais continuar roubando deixaram de
honrar os contratos e colocaram a batata quente nas mãos do sucessor.
Enquanto isso, a
ex-governadora, que prometeu responder as várias acusações de malversação de
dinheiro público, o caso Constran e seu envolvimento no petrolão, continua em
silêncio profundo, mas desfrutando das maravilhas de Miami e, provavelmente,
estourando a grana que faltou para pagar o transporte escolar dos indígenas.
Se o que passou foi o melhor, já imaginaram o que não seria o pior governo da vida de Roseana Sarney?