terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

No ano passado, 66 pessoas morreram em assaltos envolvendo bancos
Agência Brasil
Reprodução/Divulgação
Em 2014, 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos, segundo levantamento divulgado hoje (24) pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

A pesquisa mostra que as principais vítimas são os clientes. No ano passado, foram 36 mortes, 54% do total. Os demais assassinatos foram vigilantes (dez, equivalente a 15%), policiais (oito mortes), transeuntes (dois) e dez mortes entram em outras categorias.

São Paulo lidera o ranking de assassinatos, com 20 casos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com oito. Os outros estados que lideraram a lista são: Goiás (cinco) e Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, com quatro mortes cada um.

A saidinha de banco, golpe em que o roubo acontece na saída do cliente da agência, resultou em 32 mortes, equivalentes a 48% do total. O assalto a correspondentes bancários resultou na morte de 16 pessoas (24%), figurando como o segundo crime mais comum em 2014. Os roubos durante transporte de valores resultaram em nove mortes, e os assaltos a agências, sete.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, os bancos são responsáveis pelas mortes. “Nós não percebemos nenhuma medida séria por parte dos bancos para reverter esses números. Qualquer empreendimento coloca a questão da segurança como ítem prioritário. No caso dos bancos, o discurso é inverso. Os bancos dizem que a responsabilidade não é deles, mas da segurança pública”, disse.

As entidades pedem a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes dos terminais de autoatendimento, câmeras internas e externas com boa resolução de imagens e monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas, instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e divisórias individualizadas entre os caixas, entre outras medidas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela Agência Brasil, mas ainda não se manifestou.