No seu primeiro pronunciamento à nação de 2015, a presidenta Dilma
Rousseff afirmou, neste domingo (8), que as medidas do ajuste fiscal
adotado pelo governo são necessárias para dar continuidade ao processo
de crescimento com distribuição de renda e reforçou o compromisso com os
direitos dos trabalhadores.
“O Brasil tem todas as condições de vencer estes problemas
temporários – e esta vitória será ainda mais rápida se todos nós nos
unirmos neste enfrentamento. Queremos e sabemos como fazer isso,
distribuindo os esforços de maneira justa e suportável para todos. Como
sempre, protegendo de forma especial as classes trabalhadoras, as
classes médias e os setores mais vulneráveis. Temos compromissos
profundos com o futuro do país e vamos continuar cumprindo, de forma
inabalável, estes compromissos”, defendeu Dilma Rousseff.
A presidenta comparou a necessidade do governo controlar seus gastos
com a realidade cotidiana enfrentada por empresas, donas de casa e pais
de família. “Começamos cortando os gastos do governo sem afetar
fortemente os investimentos prioritários e os programas sociais.
Revisamos certas distorções em alguns benefícios, preservando os
direitos sagrados dos trabalhadores”, afirmou Dilma.
“Mais importante, no entanto, do que a duração destas medidas será a
longa duração dos seus resultados e dos seus benefícios. Que devem ser
perenes no combate à inflação e na garantia do emprego. Que devem ser
permanentes na melhoria da saúde, da educação e da segurança pública. As
medidas serão suportáveis porque além de sermos um governo que se
preocupa com a população, temos hoje um povo mais forte do que nunca”,
disse a presidenta.
Segundo Dilma, o processo de ajuste fiscal durará “o tempo que for
necessário para reequilibrar a nossa economia”. Ela ainda acrescentou
que “o esforço fiscal não é um fim em si mesmo. É apenas a travessia
para um tempo melhor, que vai chegar rápido e de forma ainda mais
duradoura.”
“Como temos fundamentos sólidos e as dificuldades são conjunturais,
esperamos uma primeira reação já no final do segundo semestre deste
ano”, observou.
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