segunda-feira, 25 de maio de 2015

Deputados prestam homenagem a policial assassinado 


Diversos deputados prestam homenagem, na sessão desta segunda-feira (25), à memória do policial assassinado em Panaquatira no sábado (23), Max Muller, um dos quatro mortos numa tentativa de assalto a um sítio, sendo um, um dos criminosos. O primeiro que abordou o assunto foi o deputado Cabo Campos (PP), que num discurso emocionado afirmou que a Câmara Federal precisa modificar a maioridade, a redução de penas e a concessão de indultos.

Cabo Campos lembrou que esteve no enterro do policial, ocorrido nesta segunda pela manhã, “mais uma vez, na triste situação de tentar consolar mais uma família de um militar que fez tudo certo para poder se divertir, no momento de seu lazer”. O deputado disse que o mesmo aconteceu em relação aos dois integrantes da Tropa de Choque, que mesmo num sítio reservado, os bandidos foram lá e mataram eles.

“O soldado Max Muller teve o desprazer de estar em um sítio, se divertindo, quando marginais, bandidos fortemente armados, chegaram e ele, que, de maneira heroica, tentou defender a vida daqueles que estavam ao seu lado e deu a sua própria vida. Tombou, mas tombou atirando, tombou matando, tombou indo para cima”, contou Cabo Campos.

Em seguida, foi o deputado Othelino Neto (PCdoB) quem tratou do assunto. Ao se solidarizar com a família do policial, lamentou que ele tivesse reagido, mas se convenceu dos motivos por conta das explicações dadas por outro militar.

“A explicação que ele me deu tem certo sentido: disse-me o policial que naquela situação provavelmente o bandido iria revistar todos os presentes e na hora que encontrasse a arma e a identificação do policial certamente o executaria naquele ambiente. Ali foi uma tentativa heroica do policial de salvar aquelas vidas e salvar também a própria vida. E realmente é de se lamentar que se esteja banalizando a vida e a morte da forma como tem acontecido”, lamentou.

O deputado César Pires (DEM), que é da reserva da PM, foi outro que lamentou a morte do policial e assegurou que a mesma quadrilha já tinha invadido quatro outras casas em Panaquatira, provocando terror, inclusive com a participação do menor envolvido na nova chacina, sendo uma delas vizinha à casa do parlamentar do DEM.

“Foram quatro casas assaltadas na mesma vizinhança minha, a identificação e o silêncio crepuscular da Secretaria de Segurança sem que tivesse tomada atitude nenhuma. Caímos agora nos muros das lamentações, exarando lágrimas, como se as nossas lágrimas pudessem resolver a incapacidade operacional, para que não levasse a isso”, disse.

Pires afirmou que há dois meses tenta marcar uma audiência com o secretário de Segurança, Jefferson Portela, mas sem sucesso.

O deputado Wellington do Curto (PPS) disse que Max Muller foi seu aluno e contou que a chacina despertou o interesse da imprensa nacional. “No último quadrimestre foram registradas as mortes de quatro policiais, já tivemos três fugas em delegacias e presídios, cinco armas furtadas ou perdidas, o assassinato de um jovem estudante na Rua Rio Branco, o assassinato de um vereador em Santa Luzia, a morte de um estudante dentro de um ônibus no Bairro da Cohab, o assassinato de um tenente da Polícia Militar, tiroteio na Universidade Federal do Maranhão, na última semana e agora a morte de mais um policial no episódio intitulado como chacina na Panaquatira”, relatou. O deputado disse que pediu que fosse encaminhada mensagem de pesar à mãe do soldado, Cássia Regina Miranda de Carvalho.

Outros dois deputados que repercutiram e lamentaram a morte do policial foram Marco Aurélio (PCdoB) e Júnior Verde (PRB). Em um longo pronunciamento, Verde destacou o episódio como marcante e pediu punição. “Quero manifestar a nossa solidariedade, não só no pesar à família, mas como também à sociedade com ações efetivas, porque o que não podemos, aqui nessa Casa, é chorar, nós temos é que enfrentar e esse enfrentamento se faz com trabalho, com alternativa, com oportunidade e com mecanismos que possam, de fato, combater a insegurança pública no Estado do Maranhão”, defendeu.

A deputada Andréa Murad (PMDB) também criticou a área de segurança do Estado, ao prestar homenagem à memória do policial Max. “Eu queria começar lamentando a chacina em Panaquatira, dar os meus sentimentos à família do Max Muller, PM, Alexandro Vieira, Ananda Brasil e dizer que no Maranhão hoje só temos a lamentar a questão da segurança pública. Para quem disse que o povo não ia mais precisar de grades nas janelas, que ia ter segurança nas ruas, o Maranhão só tem tido manchete nacional negativa”, afirmou.