Clássico do Z-4: longe do Maracanã Vasco e Flamengo se enfrentam para diminuir pressão
Foto registrada pelo Blog no Maracanã no dia 19/04 em jogo que valia uma vaga na final do Campeonato Carioca e o Vascão levou a melhor sobre o maior rival. |
Não chega a ser inédito, afinal, em 2005, Vasco e Flamengo
se enfrentaram na zona do rebaixamento do Brasileirão – a primeira e até
então
única vez desde a implantação da fórmula de pontos corridos, em 2003.
Porém, o
clássico deste domingo, às 18h30 (de Brasília), na Arena Pantanal, em
Cuiabá,
reforça o caráter incomum do enfrentamento. Em crise, os dois clubes
recentemente trocaram de treinadores, contrataram reforços - somente
Sheik está à disposição dos técnicos -, tiveram problemas
com protesto de torcedores e encaram como salvação da lavoura o
confronto da nona rodada com seus goleiros reservas. Ganhar significa
aliviar a pressão. Perder é adiar ainda mais a saída da zona de
rebaixamento e anúncio de mais crise.
Só o Rubro-Negro tem condições matemáticas de sair do Z-4.
Em 17º, com sete pontos, melhora a posição com vitória, desde que o Figueirense
não ganhe do Corinthians em São Paulo. O Cruz-Maltino, seis pontos atrás do
primeiro livre fora da zona, pode, ao menos deixar a lanterna: o resultado positivo precisa
ser acompanhado de tropeços ou de Joinville ou de Coritiba, que
respectivamente, encaram Atlético-MG e Cruzeiro.
A semana foi tumultuada. O Vasco, que levou a partida para
fora do Rio dada a oferta de R$ cerca de 700 mil, contratou Celso Roth para o lugar de
Doriva, que pediu demissão. Acertou as vindas de Andrezinho e Herrera e viu a negociação com
Ronaldinho Gaúcho, acertada 90%, de acordo com o presidente Eurico Miranda,
esfriar. Pouco se falou da campanha ruim: são cinco derrotas seguidas, com a
pior defesa (14 gols sofridos) e o pior ataque (três gols marcados).
Do lado do Flamengo, que tem em Cristóvão Borges um
treinador em começo de trabalho, com cinco jogos, há um time que vive altos e
baixos. Depois de duas vitórias, voltou a perder e a estar no Z-4. Tem a
segunda pior defesa (12 gols) e um ataque pouco operante, com oito gols marcados. Enquanto espera
por Guerrero, aposta em Sheik.