quarta-feira, 24 de junho de 2015

MP entrou com 26 ações contra prefeitos do Maranhão no 1º semestre 


 
O Ministério Público Estadual (MP) já deu entrada em 26 ações contra prefeitos e outras oito ações contra ex-prefeitos do Maranhão por atos de improbidade administrativa. Em casos como do prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, e de Matões, Suely Pereira (foto), o órgão de controle chegou acionar cada um três vezes pedindo até a indisponibilidade de bens.

Fraude em licitação, pagamento indevido por obras e ainda contratos com o Poder Público sem licitação são as práticas mais comuns entre os gestores municipais acionados pelo Ministério Público em 2015.

Em algumas ações, os promotores chegaram a pedir a perda do mandato do prefeito e também a indisponibilidade de bens. Entre os pedidos para afastamento de gestor, o MP acionou o prefeito de Humberto de Campos, Raimundo Nonato dos Santos, por improbidade administrativa pedindo o afastamento do gestor por 180 dias. A Justiça concedeu o afastamento.

No caso do prefeito Gil Cutrim de São José de Ribamar, o MP pediu a indisponibilidade dos bens do gestor, o que também foi concedido pela Justiça. A decisão pelo bloqueio dos bens de Cutrim foi reforma pelo Tribunal de Justiça cerca de 15 dias do juiz de base ter determinado esse bloqueio.

Além dos prefeitos, o MP também entrou com ação civil pública por improbidade administrativa contra oito ex-prefeitos. O que mais chamou atenção foi o caso do ex-prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva, também acionado por ato de improbidade administrativa.

Ações – Nos anos de 2004 a 2013, o Ministério Público moveu ações contra gestores públicos e solicitou a Justiça o ressarcimento ao erário de R$ 600 milhões, valor que incluiu também as multas aplicadas aos gestores.

Do total, cerca de R$ 129 milhões pedido para serem pagos por gestores públicos são oriundos de multas pedidas pelo MP. Outros R$ 531 milhões foram de recursos públicos desviados.

Para entrar com a ações e pedir o ressarcimento, o MP usou os documentos com decisões do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as prestações de contas de gestores públicos.