Policia Federal deflagra operação em Bom Jardim; desvios podem chegar a R$ 15 milhões
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Éden, na cidade de Bom Jardim.
Foram
confirmadas as prisões preventivas de Antonio Cesarino, presidente do
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Bom Jardim
(STTR) e ex-secretário de agricultura do Município; e do ex-secretário
de Assuntos Políticos, Beto Rocha, também ex-namorado da prefeita.
Na imagem acima, uma viatura da PF com agentes federais aparece na porta do sindicalista.
A prefeita Lidiane Leite (PP) também é alvo da ação. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em sua residência em Bom Jardim.
Outros dois foram cumpridos contra outros alvos da operação. Ainda há diligências em andamento.
A
prefeita está em São Luís. Ela é investigada desde o início do ano pelo
Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco)
do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), pelo Ministério Público
Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) por suspeita de desvios de
verbas da merenda escolar, da reforma de escolas, do Fundeb e do Pnae.
Em
recente evento político na cidade, uma espécie de comício, a gestora
chegou a comentar a apuração da polícia e dos promotores estaduais e
federais.
“Eu não me importo. Quero
que investigue sim, quero que se puna o responsável. Se houver, que eu
não sei se há. Estou de cara limpa, aqui pra vocês, batalhando por uma
melhoria nessa cidade, uma evolução maior para este povo”, acrescenta a
gestora municipal.
No início da
semana, reportagem do Bom Dia Brasil revelou que a Prefeitura pagou por
reformas de escolas que nunca foram feitas. E apresentou fatura de
suposta compra de produção agrícola local de trabalhadores que alegam
nunca ter plantado nada para vender.
Segundo o MP, os desvios podem chegar à casa dos R$ 15 milhões.
“A
princípio, a gente apurou que mais de R$ 15 milhões, no ano de 2014,
foi aplicado em reforma de escola e em construção de escolas e, isso,
aparentemente, andando por Bom Jardim, na zona rural isso não existiu. E
a gente requisitou todos esses contratos, mas não encontrou”, diz a
promotora de Justiça Karina Chaves.