segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Presidente do TRE/Maranhão é suspeito de fazer campanha eleitoral, denuncia revista "Veja" 


A versão eletrônica da revista Veja publicou, na edição de domingo (15), matéria denunciando que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, desembargador Antonio Guerreiro Junior, estaria fazendo campanha abertamente para  pré-candidata a prefeita de Bacabal, Giselle Veloso (foto).

Segundo a publicação, tanto em eventos quanto em posts nas redes sociais, Guerreiro se tornou um dos maiores cabos eleitorais de Giselle, o que levantaria questionamentos sobre sua imparcialidade. “A atuação dele fere a Constituição, segundo promotores e juízes locais — é vedado a qualquer juiz exercer atividade político-partidária, sob pena de perda do cargo”, adverte promotores ouvidos por Veja.com.

Conforme a versão eletrônica da revista, no último mês, o desembargador conclamou no Facebook os eleitores bacabalenses a apoiar a pré-candidata, sua amiga íntima. “Com Giselle Velloso todos nós, que vivemos e amamos essa linda e maravilhosa cidade, teremos vez e voz”, postou. “Giselle Velloso conta com a participação de todos e aguarda a colaboração específica de cada profissional… Precisamos urgentemente desses dados para montarmos um programa de governo que possa atender toda a nossa combalida e destroçada cidade”. Ao final da mensagem, foi ainda mais enfático: “Participe dessa corrente e se integre à candidatura Giselle Velloso”.

Ainda conforme Veja.com, “fora das redes sociais, o desembargador participou, ao lado da pré-candidata, de alguns atos beneficentes típicos de políticos populistas. No dia das mães, ambos organizaram uma comemoração no mercado central de Bacabal com doces, sucos, banda de música e entrega de rosas e presentes. Na Páscoa, Giselle percorreu debaixo de chuva bairros carentes da cidade para distribuir peixes doados pelo magistrado. Procurado, o desembargador não respondeu ao pedido de entrevista.

Apesar da denúncia, esta prática ilegal e imoral no Maranhão, a bem da verdade, não é invenção de Guerreiro Júnior. Na eleição de 1990, o então presidente do TRE-MA, desembargador José Pires da Fonseca, fez ainda pior: Vestiu a camisa da campanha do então candidato Edison Lobão e participou de caminhada da campanha.  E ficou por isso mesmo, apesar da reclamação do candidato da oposição.

Espera-se que desta vez, alguém tome uma providência contra esta imoralidade que só serve para denegrir a imagem do Maranhão. E como presidente da Justiça Eleitoral, o senhor Guerreiro Júnior deveria ser o primeiro a dar exemplo e não expor suas relações promiscuas com a pré-candidata.