No ano passado, 66 pessoas morreram em assaltos envolvendo bancos
Agência Brasil
Em 2014, 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos,
segundo levantamento divulgado hoje (24) pela Confederação Nacional dos
Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf).
A pesquisa mostra que as principais
vítimas são os clientes. No ano passado, foram 36 mortes, 54% do total.
Os demais assassinatos foram vigilantes (dez, equivalente a 15%),
policiais (oito mortes), transeuntes (dois) e dez mortes entram em
outras categorias.
São Paulo lidera o ranking de assassinatos, com
20 casos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com oito. Os outros
estados que lideraram a lista são: Goiás (cinco) e Minas Gerais, Paraná e
Pernambuco, com quatro mortes cada um.
A saidinha de banco, golpe
em que o roubo acontece na saída do cliente da agência, resultou em 32
mortes, equivalentes a 48% do total. O assalto a correspondentes
bancários resultou na morte de 16 pessoas (24%), figurando como o
segundo crime mais comum em 2014. Os roubos durante transporte de
valores resultaram em nove mortes, e os assaltos a agências, sete.
Para
o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, os bancos são
responsáveis pelas mortes. “Nós não percebemos nenhuma medida séria por
parte dos bancos para reverter esses números. Qualquer empreendimento
coloca a questão da segurança como ítem prioritário. No caso dos bancos,
o discurso é inverso. Os bancos dizem que a responsabilidade não é
deles, mas da segurança pública”, disse.
As entidades pedem a
colocação de portas de segurança com detectores de metais antes dos
terminais de autoatendimento, câmeras internas e externas com boa
resolução de imagens e monitoramento em tempo real, vidros blindados nas
fachadas, instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e
divisórias individualizadas entre os caixas, entre outras medidas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela Agência Brasil, mas ainda não se manifestou.