João Alberto diz que culpados da Lava Jato devem pagar
O presidente do Conselho de Ética do
Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), foi categórico ontem (13), em
contato por telefone com o titular do blog, ao comentar como se dará sua
atuação à frente do colegiado caso sejam formalizadas denúncias contra
colegas senadores citados no escândalo do Petrolão.
Segundo
ele, o “clima esfriou” em Brasília após o impacto inicial da revelação
da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas caso sejam
apresentadas provas “palpáveis” de envolvimento de parlamentares, esses
devem “pagar’.
“Nós somos lá [no
Conselho de Ética] juízes. O juiz não tem esse poder de ir buscar
provas. Ele tem que analisar o que chega a ele. Se tiver alguma denúncia
no Conselho de Ética e que essa denúncia traga algum documento
palpável, com alguma credibilidade, aí sim, nós aceitaremos a denúncia e
nomearemos um relator para ir buscar as provas. E quem tiver culpa no
cartório que pague pelo seu crime”, declarou.
O
senador, no entanto, fez ponderações sobre a delação premiada, criticou
o crédito que tem sido dado aos depoimentos dos delatores e acrescentou
que a palavra de um senador deve valer mais que a de “um cidadão que se
diz corrupto”.
“Eu não posso nunca
comparar a palavra de um senador com a palavra de um cidadão que se diz
corrupto, de um réu confesso. No confronto, precisa-se ver o que
realmente que tem de documento a esse respeito: a quebra de sigilo
bancário, levantamento de bens patrimoniais para se poder chegar a
alguma conclusão”, disse.
Para completar: “O que eu estou vendo são apenas acusações, sem documentos, que não chegam a lugar nenhum”.