quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Balanço anual da Secretaria de Segurança Publica aponta redução da criminalidade no Maranhão 


Em entrevista coletiva na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), gestores do Governo do Maranhão apresentaram, na segunda-feira (4), o balanço das ações na área de segurança, no ano passado, no Maranhão. A queda de 12% no número de homicídios, o aumento da apreensão de armas e drogas e as estratégias policiais utilizadas pelo sistema de segurança pública foram alguns elementos indicativos da redução da criminalidade no balanço anual.


O secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, expôs as estatísticas, mês a mês, e os dados comparativos com o ano anterior. A diminuição dos homicídios na Região Metropolitana de São Luís, representada por menos 109 assassinatos em relação a 2014, foi tendência ao longo do ano, repetindo-se em oito dos doze meses.


Jefferson Portela explicou a metodologia aplicada na geração das estatísticas. “Seguimos parâmetros nacionais e internacionais para a definição dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) para obtermos as estatísticas. O padrão foi criado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para unificar a nomenclatura no Brasil e que é adotado, há anos, pelo Estado”.

A apreensão de armas de fogo cresceu. Foram 1.113 na Região Metropolitana de São Luís em 2015 contra 920 em 2014, o que representa um acréscimo de 21%.


O secretário de Segurança estima que, do total de armas, pelo menos 30% seriam utilizadas para atos criminosos. Para ele, a intervenção policial reduz o poder de fogo da criminalidade. “Impede os indivíduos de fazer ataques para roubos, latrocínios, homicídios, além de intimidação de bairros inteiros. A retirada de armas de circulação enfraquece o crime”, constatou.



Combate ao narcotráfico

Uma nova estratégia de combate ao narcotráfico foi estabelecida em 2015. O trabalho da Superintendência de Narcóticos priorizou grandes apreensões, a partir da interceptação da droga antes da distribuição em São Luís. Assim, a SSP registrou uma série de apreensões no atacado fora da Região Metropolitana, mas que tinham a capital maranhense como destino final.


Destaque para um ônibus apreendido, no município de Presidente Dutra, que transportava 320 quilos de maconha, duas operações na região de Santa Luzia do Tide que resultaram na apreensão de mais de 15 mil pés de maconha, além de outras apreensões de maconha em Humberto de Campos, Estreito e Rosário. “Quando a droga não consegue chegar ao tráfico, geramos prejuízo financeiro para a estrutura e há conflito interno das organizações criminosas, enfraquecendo-as”, relatou Jefferson Portela.


De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Alves, com a quebra do esquema planejado do tráfico de drogas, o pequeno traficante modifica o campo de atuação criminosa: do tráfico de entorpecentes para roubo de celulares, o que ampliou o número de assaltos no ano passado.


“O traficante está sendo recolhido, o ‘negócio’ é enfraquecido e existe uma tendência de migração para os pequenos furtos. Vamos trabalhar fortemente para combater e debelar essas ações”, afirmou coronel Alves.


O serviço de inteligência da polícia tem identificados 107 criminosos com conduta reiterada de roubos a ônibus e já possui 97 fotos dos autores de crimes. “Migraremos também a intervenção policial, aumentando a força tarefa para identificação e captura dos praticantes de roubos”, completou Jefferson Portela.



Menos mortes de policiais

O investimento de R$ 3 milhões em armamento para o policiamento reforçou a aparelhagem do sistema de segurança e permitiu melhor atuação da polícia na preservação da ordem pública. Jefferson Portela apontou que, em 2014, o crime matava mais policiais que em 2015. Foram 21 policiais assassinados em 2014, enquanto em 2015, cinco faleceram.



“Nossas equipes precisavam portar equipamentos aptos à intervenção policial. A política de segurança pública é firmada na inteligência para a captura de criminosos. A morte durante o confronto não é política de gestão de segurança pública. Entretanto, em se estabelecendo o confronto, prevalece a força do Estado”, disse Portela.