Compra e venda de votos em 2016: o fenômeno se repetirá?
Por Welliton Resende
Ano eleitoral se aproximando, em 2016 teremos eleições para os cargos
de prefeito e vereador, e já se ouve falar que a agiotagem está
preparada para liberar dinheiro na campanha. O famigerado caixa dois.
Ou melhor, muita gente já está levantando recursos desde já para
práticas assistencialistas nos rincões do Maranhão. Se sabe mesmo que o
dinheiro é gasto às vésperas da eleição para a compra de votos.
Políticos “experientes” afirmam que se o eleitor recebe o dinheiro
antecipadamente acaba “esquecendo” do compromisso na hora de votar. Por
isso, normalmente liberam a bufunfa no dia anterior à eleição.
Existe saída para coibir isso?
A compra e venda de votos sempre foi a grande desgraça da democracia
(com “d” minúsculo mesmo) brasileira. É na campanha eleitoral que são
definidos os destinos de milhares de munícipes.
Uma saída seria a preparação de fiscais populares de gastos de
campanha. A Lei da Ficha Limpa prevê mecanismos que coíbem a utilização
de caixa dois por abuso de poder econômico.
Desse modo, como já existem mecanismos formais de transparência nas
campanhas políticas, a população observaria facilmente onde ocorre o
abuso e formularia uma representação com vistas a inelegibilidade do
candidato.
A ideia consiste em instrumentalizar o cidadão para que ela possa
constatar, registrar e denunciar desvios de conduta dos candidatos.
É desafiador, mas temos que topar essa parada!