Depois
de afirmar que o Brasil está “perdendo feio” a batalha contra o
mosquito Aedes aegypti e que o país enfrenta, com o avanço da zika, “uma
das maiores crises de saúde pública” da história, o ministro da Saúde,
Marcelo Castro (foto), disse na segunda-feira que as Forças Armadas vão pôr 220
mil homens para visitar todos os domicílios do país e entregar
panfletos, e que o governo vai distribuir repelentes gratuitamente para
400 mil grávidas do Bolsa Família. As iniciativas foram anunciadas
no Palácio do Planalto, após reunião com a presidente Dilma Rousseff e
com outros ministros que ficarão responsáveis por essas estratégias.
Horas antes do encontro com Dilma, a declaração de Castro de que o
governo está “perdendo feio” a batalha irritou a presidente. Indicado
pelo PMDB para o ministério, com o objetivo de recompor a base aliada,
ele já havia causado mal-estar no Planalto com outras declarações sobre o
tema, a ponto de sua presença ter se tornado um incômodo.
—
Estamos planejando colocar 220 mil homens das Forças Armadas, a partir
de um dia determinado, que deverá ser 13 de fevereiro, para visitar casa
por casa do Brasil distribuindo panfletos e orientando as pessoas,
porque temos a consciência exata de que só seremos vitoriosos nessa luta
se contarmos com a contribuição das pessoas — afirmou Castro.