sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mãe faz apelo para reencontrar filha... 


A dona de casa Maria de Fátima Santos Cordeiro (foto), de 56 anos, moradora da Rua Bela Vista, nº 1580 no bairro Castelo Branco em Caxias. Viúva há 4 anos, ela é mãe de seis filhos, quatro deles por adoção. Há três anos sofreu um AVC e em questão de meses teve duas recaídas. Hoje em dia a mesma tem problemas de locomoção, pressão alta, dificuldades para falar e ingere 8 comprimidos ao dia.

Se as coisas parecem não andar fácil para ela com todos esses problemas de saúde, imagine a dona de casa morando somente com um neto de apenas 11 anos. Isso mesmo, dos seis filhos que criou nenhum convive com ela. Duas filhas que residem em Caxias não fazem questão de frequentar a residência da mãe. Os demais estão há anos sem manter e isso só aumenta a angustia de dona Maria de Fátima.

Para piorar a situação, em março do ano passado o INSS suspendeu o beneficio que ela recebia pensionista do marido falecido  que durante anos foi servidor publico estadual. Sem condições físicas e financeiras, ela apelou para uma irmã, que passou a sustentá-la.

Outra irmã, residente em Brasília levou dona Maria de Fátima para o Distrito Federal a fim de tratar da saúde e tentar reaver o benefício.  Internada no Hospital Sarah Kubitschek, ela ouviu dos médicos que a situação do AVC é irreversível. Mas, no meio de tanta notícia ruim, saiu uma ótima, dona Maria de Fátima voltará a receber nos proximos dias o beneficio do INSS que havia sido suspenso.

De volta à Caxias em dezembro do ano passado, dona Maria de Fátima retornou com a esperança de rever a filha primogênita Ana Paula Cordeiro Alves, que há seis anos deixou Caxias e nunca mais manteve contato.

“Ligo para o numero que tinha dela e só diz que ele não existe”, fala emocionada Maria de Fátima, acrescentando que a única informação é de que a filha hoje casada com Maurício Alves mora no Distrito de São Mateus em São Paulo e tem um casal de filhos.

A dona de casa acredita que a filha, hoje com 40 anos, vai se sensibilizar com sua situação e retornar à Caxias. “Minha filha não sabe nem que estou doente, nesta situação”, relata chorando Maria de Fátima.

Nesta quinta-feira, 7 de janeiro, quando à visitamos em sua residência, já passava das 17h e dona Maria de Fátima ainda não tinha almoçado.

Encontramos com ela o sobrinho, Rogério Gomes da Silva, que compadecido com a situação, veio do Povoado Sossego para dar assistência à tia. “Eu soube hoje que ela voltou para Caxias e vim ajudar, mas já tenho que retornar para zona rural. Enquanto eu puder vai ser assim, venho e volto pra o interior todos os dias, disse.

Os outros filhos de dona Maria de Fátima são: Francisco, 42 anos, há três anos sem contato, Marcos Vinícius, 32 anos, Daiane, 27 anos, Domingos, 24 anos e Alzira, 18 anos.

Enquanto não consegue contato com a primogênita, dona Maria de Fátima vai sobrevivendo com todas suas limitações financeiras e de saúde e na esperança de voltar a sorrir. “Se Deus quiser vou ter minha filha aqui do meu lado, não suporto mais essa saudade”, finalizou.
 
por Mano Santos