sábado, 26 de março de 2016

Em nota, Roseana Sarney confirma que recebeu mais de meio milhão da Odebrecht  


A ex-governadora do Estado Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) decidiram se manifestar sobre a citação de seus nomes em documentos encontrados na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. Junto dos nomes dos cerca de 200 políticos e outras pessoas ligadas a empresas públicas desde os anos 80 e que foram beneficiados com doações ou propinas da Odebrecht, estão incluídos maranhenses importantes, como os dois filhos do ex-presidente da República José Sarney.

Roseana Sarney – A assessoria da ex-governadora emitiu nota (confira abaixo) onde diz que a afirmativa é baseada na prerrogativa de que as informações provenientes da operação Lava Jato são referentes a ‘uma doação feita de forma legal ao Comitê Financeiro Único do PMDB-MA’ durante as eleições de 2010. “Mostram o que já era de conhecimento público”, diz um dos trechos da nota.

Sarney Filho – Quem também apresentou nota foi o deputado federal filho de Sarney. Segundo o parlamentar, o nome dele não está envolvido no inquérito da Lava Jato, no que se refere às ajudas eleitorais. Diz, ainda, que houve uma mistura de ‘matérias distintas’, o que pode confundir o leitor e ‘induzir a uma interpretação equivocada’.

– Confira abaixo o teor do texto das notas de Roseana e Sarney Filho, respectivamente: 

O documento vazado das investigações da Operação Lava Jato mostram o que já era de conhecimento público. Uma doação feita de forma legal ao Comitê Financeiro Único do PMDB-MA.

A doação está registrada na Conta Corrente 34.293-9, Agência 2972-6, Banco do Brasil, cuja titularidade é do Comitê Financeiro Único do PMDB/MA (eleição do ano de 2010), conforme demonstrativo de extrato bancário enviado anexo a esta Nota.

Portanto, reiteramos que não há nenhuma irregularidade nas doações feitas à campanha da então candidata ao Governo do Estado do Maranhão, Roseana Sarney. Surpreende-nos o fato de que o referido jornal não procurou esta assessoria para esclarecimento, o que evitaria informar aos leitores matéria inverídica.

Todas as doações foram registradas e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. (documento de aprovação, em anexo). Os dados também são de livre consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Seguem em anexo:

1) O cartão do CNPJ do Comitê Financeiro Único do PMDB-MA, comprovando que o CNPJ descrito no documento vazado pela operação Lava Jato corresponde ao Cadastro do Comitê.

2) A página do extrato que demonstra que no dia 14/09/2010 houve a transferência no valor de R$ 560.000,00.

3) Documento de aprovação de contas do TRE-MA.

Assessoria de Comunicação Roseana Sarney


Integra da nota do deputado Sarney Filho 

A propósito da matéria publicada na edição de 24/03, gostaria, em respeito aos leitores deste importante veículo que tanto contribui para a imprensa maranhense, quero esclarecer alguns pontos:

O meu nome não está envolvido no material relativo às ajudas eleitorais que constam do inquérito da Lava Jato, recentemente tornado sigiloso.

Misturar matérias distintas confunde o leitor e pode induzir a uma interpretação equivocada.

No que diz respeito a mim, não se trata de uma lista com nomes associados a valores.

A lista que inclui meu nome e de ilustres maranhenses, alguns inclusive há tempos falecidos, tem quase 30 anos. E, evidentemente, não é fruto de qualquer investigação, tanto é que quando se lê os grandes jornais do país e a mídia em geral o meu nome não é citado.

Certo dos seus esclarecimentos,

Deputado Sarney Filho (PV-MA) Brasília, 24 de março de 2016

fonte: Blog do Domingos Costa