Neste sábado, 23, completa 4 anos o assassinato do jornalista, blogueiro e repórter de O Estado Décio Sá, mas a Justiça ainda não tem data prevista para julgar os mandantes desse crime, os agiotas José Alencar Miranda de Carvalho, Gláucio Alencar Pontes de Carvalho e José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha.
Até o momento, somente foram julgados e condenados o executor do crime, Jhonatan de Sousa Silva, em fevereiro de 2014, com uma pena de 27 anos e 5 meses, e Marcos Bruno Silva de Oliveira, no último dia 13, com 18 anos e 3 meses em regime fechado.
A cúpula do Tribunal de Justiça do Maranhão, em dezembro do ano passado, acabou despronunciando a participação dos outros envolvidos nesse caso – Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha, e os investigadores da Polícia Civil Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros, pela ausência de provas contra eles.
Os magistrados anularam também o processo judicial em que Elker Farias Veloso era apontado como participante direto na morte do jornalista. O crime ocorreu no dia 23 de abril de 2012, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.
O caso está tramitando na 1ª Vara do Tribunal do Júri, segundo o juiz titular da vara, Osmar Gomes. José Alencar, Gláucio Pontes e José Sales só poderão ser julgados após a apreciação pela Corte do Tribunal de Justiça do recurso impetrado pelos indiciados. “Ainda não temos data precisa para julgar os demais envolvidos nesse crime, pois, o processo está ainda em fase de recurso no Tribunal de Justiça. Assim que ele retornar ao fórum, será marcada a data do julgamento”, declarou o juiz.
O promotor Benedito Coroba disse que, no decorrer deste semestre, poderá ter ciência sobre o andamento do processo. “Devemos estar sempre a par do andamento desse tipo de processo para que possam ser cumpridos os prazos estimados por lei”, falou Coroba.