Equilíbrio e feeling politico de Humberto Coutinho garantiram normalidade na Assembleia Legislativa durante semestre
do Repórter Tempo
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Assembleia Legislativa entra de recesso branco nesta segunda-feira depois de ter vivido um dos semestres mais tranquilos dos últimos tempos, em que pese a crise política e a economia nacional, o envolvimento dos deputados na corrida para as eleições municipais e todas as bombas que foram armadas para estourar no Plenário Nagib Haickel. Uma delas foi a greve dos servidores, que ocupou as preocupações da Mesa Diretora, mas que foi resolvida num entendimento longo e cuidadosamente negociado, terminando com a retirada do pavio aceso.
Outra bomba foi a “crise das emendas”, resultado de uma relação mal resolvida entre as bancadas – aí incluídas as governistas – e o Palácio dos Leões, que vem sendo resolvida aos poucos, derrubando convicções de que não haveria solução.
Em todas as situações e em todos os momentos de tensão, o ponto de equilíbrio e espaço de bom senso e solução foi o gabinete do presidente Humberto Coutinho (PDT). Nenhuma situação administrativa ou política que envolveu deputados, bancadas ou grupos de pressão ocorrida no Palácio Manoel Bequimão escapou ao controle e à influência do presidente da Casa, que com habilidade, paciência e um aguçado feeling político, daqueles só identificado em raposas felpudas, desembrulhou todos os pacotes de explosivos que aterrissaram no seu birô de trabalho.
Nas questões envolvendo parlamentares e o Governo, sua ação como interlocutor da Casa com o Palácio dos Leões foi sempre decisiva. E diferentemente de outras lideranças fortes que comandaram a Assembleia Legislativa, sempre prontas a trombetear suas conquistas, o atual presidente do parlamento estadual se movimenta de maneira discreta, sem alarde, mais preocupado em alcançar resultados concretos e positivos com as articulações do que usar seu poder de fogo nessa seara para trombetear conquistas. Com um estilo que ele mesmo apelidou de “feijão com arroz”, o deputado Humberto Coutinho até aqui justificou plenamente sua eleição e reeleição para o comando do Poder Legislativo. Com a disposição e a quase obsessão de quem faz política “24 horas por dia e todos os dias”, vai para o recesso branco até 1º de agosto disposto também a recarregar suas baterias para os dias difíceis, atribulados e tensos que virão com o avançar da corrida eleitoral.