Não é novidade vereador dizer que sem o apoio do prefeito não faz nada e que precisa do apoio da "Viúva" (prefeitura) para atender aos anseios de seus eleitores (e os dele também, é claro). Os compromissos assumidos durante a campanha ficam impossíveis de serem cumpridos sem a ajuda do Executivo municipal.
Os vereadores que dão sustentação ao mandatário do município têm a possibilidade de receber os mais variados benefícios, dentre eles o de indicar apadrinhados para cargos, coisa que se promete exaustivamente em campanha. Diante disso, a debandada de eleitos, em palanques diferentes, para os braços do prefeito eleito é dada como certa e na maior tranquilidade.
Em Caxias essa mudança de lado da parte dos 16 vereadores eleitos (foto) no palanque do prefeito Léo Coutinho que não conseguiu se reeleger vem sendo bastante especulada no meio dos bastidores da politica local diante das possibilidades de manutenção das benesses e das “boquinhas”. Tem edil eleito que acredita que com o passar do tempo e com o esquecimento do eleitor a mudança se transforma em algo natural. O Blog garante categoricamente que dos 16 edis eleitos pela coligação que apoiava a reeleição de Léo Coutinho, apenas a vereadora Thais Coutinho está fora de qualquer cogitação de mudança de lado.
No palanque do prefeito eleito Fábio Gentil, três vereadores (foto) se elegeram: Catulé, Luis Carlos e Repórter Puliça. Os três são uma exceção, não vão mudar de lado e irão permanecer do lado do prefeito vencedor.
Para governar sem contratempos Fábio Gentil precisa de maioria simples, (10). Para ficar de “cabeça fria”, (11). Assim sendo, o prefeito eleito vai precisar cooptar 7 (sete) vereadores que foram eleitos no palanque do prefeito Léo Coutinho. Informações não oficiais dão conta que a bancada de parlamentares já saltou de 3 para 6, (3 já mudaram de lado (????)), faltando 4 (quatro) para fechar o grupo de apoio na Câmara.
Nada contra a mudança de lado, de opinião, de ideologia, de planos e projetos de quem não pediu votos para o prefeito que vai assumir em janeiro. Entretanto, também, não sou contra atitudes coerentes, neutralidade, posicionamento favorável às questões benéficas e contrárias ao jogo sujo. O respeito ao eleitor tem sido algo raro por essas bandas, talvez tenha chegado a hora de olhar com outros olhos essa questão.