Radicais invadem plenário da Câmara dos Deputados e pedem intervenção militar
BRASÍLIA – Um grupo de manifestantes invadiu, na tarde desta quarta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados. O grupo de cerca de 40 pessoas quebrou a porta de vidro da entrada principal do plenário e entrou em confronto com a Polícia Legislativa, deixando vários feridos. No momento da invasão, o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), presidia a sessão, com poucos deputados presentes, mas teve que encerrar os trabalhos diante da violência dos manifestantes, que chegaram a subir na tribuna e dar chutes na Mesa onde fica o presidente da Casa, além de pularem em cima de policia.
Os manifestantes, que negam qualquer filiação partidária, gritaram palavras de ordem contra a corrupção e a favor de uma intervenção militar no país, como “general aqui”. O grupo também cantou o Hino Nacional durante o protesto. Os manifestantes subiram à mesa da presidência e se recusavam a sair do local.
Enquanto o protesto ocorria no plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou à imprensa, e classificou os manifestantes de “baderneiros”. Maia disse, ainda, ter determinado ao Departamento de Polícia Legislativa que encaminhasse o grupo à Polícia Federal.
Enquanto os manifestantes permaneciam no Plenário, Jefferson Antônio Francisco, outro manifestante, davam entrevistas no Salão Verde da Câmara afirmando que fizeram parte do protesto da última terça-feira (15/11) em frente ao Congresso. Segundo ele, decidiram “espontaneamente” invadir hoje o Legislativo.
O grupo gritava “A nossa bandeira jamais será vermelha” e “Viva Sérgio Moro! General Já!”. Um dos manifestantes, Jefferson Alves, empresário da Construção Civil, defendeu o fechamento do Congresso Nacional. “Isso aqui deve ser fechado e todos os políticos envolvidos em roubalheira devem ser presos imediatamente”, afirmou. Jefferson negou ainda que o movimento tenha um partido político: “Está na Constituição, todo poder emana do povo. E é povo que está aqui querendo acabar com essa bandalheira.”